A narrativa fazendo parte da construção poética de uma imagem ,a imagem como suporte de criação para concretizar a expressao. Um encontro da arte pictórica com a narrativa poética, poesia é a arte do uso das palavras. Um encontro com a natureza humana e seus sentimentos e reações com as mais diversas emoções e linguagens da arte visual. "Poeta, não é somente o que escreve.É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso". Cora Coralina
sexta-feira, 11 de abril de 2014
dificuldades metodologicas
Refletindo sobre o papel do professor diante das tecnologias eletronicas, penso no uso em sala de aula. Como conduzir a utilização dessa tecnologia para efeitos didaticos e pedagogicos? Chego a conclusão que é preciso o professor "falar" teclando a linguagem do aluno, para haver uma aproximação do universo que rodeia o educando. Como o ensinar é um aprender diario, o profissional em educação deve buscar conhecer e se apropriar do fenomeno internet: facebook, blogs, entre tantos, em beneficios do desenvolvimento intelectual do aluno. Talvez o desafio seja como realizar essa tarefa. Professores com mais de 20, 30 anos de carreira, sempre enfrentaram novidades que colaboraram para a educação, porem a rapidez que acontecem as alterações nos programas de computador parece impossivel de acompanhar e se atualizar. Mas o professor se desdobra e muitos reconhecem as dificuldades, tentam superar com cursos de formação continuada. A tarefa não é fácil, um desafio que provoca comportamentos nem sempre adequados.
As ferramentas estão à disposição para uso. Precisamos acompanhar essa evolução e atualizar nosso saber. Identifico como uma metodologia o uso dessas ferramentas virtuais, servem para integrar o grupo através da fotografia digital em tempo real, permite realizar operações mentais e artística, associa a teoria com a pratica.
Realizamos um trabalho de reconhecimento patrimonial e afetivo através do olhar fotográfico do adolescente na arte funerária, blog: http://turma8anoazul.wix.com/olhar-adolescente com o objetivo de reconhecer nessa linguagem artística ,( a escultura), uma dimensão histórica, sociológica, filosófica, antropológica que envolve esse conhecimento, afinal TODOS os alunos possuíam algum dispositivo que produzisse imagem. A dificuldade que encontrei foi o recolhimento do material, Todos os alunos realizaram as fotografias da arte funerária no cemitério, mas nem todos enviaram o material, portanto fiquei frustrada com o registro, embora o material fosse suficiente para alimentar o blog. Percebi que faltou algo na elaboração da avaliação, mas é uma questão para repensar.
Reflexões entre colegas da POS RS
Além do horizonte
por CELIA MARIA SANTOS DA COSTA - segunda, 13 janeiro 2014, 22:23
Bairro em que moro, existem quatro escolas, em cada uma uma realidade diferente, começando pelas construções, conservação da escola, até a maneira comportamental dos alunos e professores, projetos inacabados, uso de drogas, grades corredores, paredes escuras,professores desestimulados, cansdado, quando visitamos outra escola, a escola toda pintada com tons patéis crianças uniformizadas, vários trabalhos expostos nos corredores das escolas.Por que a diferença se ambas são públicas.
A transformação começa pela gestão e pela motivação dos professores, mmudanças de comportamento, tirar o aluno daquele quadro marginalizado e mostrar que existe saída, que ele tem potencial, Organizar projetos com ínicio meio e fim eque eles vejam o resultado e que este resultado seja divulgado para os outros alunos aumentar a auto estima desse aluno, a música a fotografia são ótimos aliados para socialização e devem ser usados de maneira mais frequante nas salas de aula. Modificação da realidade só e feita quando podemos comparar mostrar o que tem além do horizonte aí é só questão de escolha, não podemos esperar que um aluno que não tem noção de seu potencial sonhe com um mundo melhor ou com melhores condições de ensino.
Re: Além do horizonte
por MARIA CRISTINA PASTORE - sexta, 24 janeiro 2014, 22:17
Ola Celia e demais colegas
Muitas vezes cruzamos os braços e esperamos atitudes do governo em relação as escolas. Mas podemos, como tu colocas no teu texto, gerenciar as possibilidades e propocionar condições mais agradaveis de ensino. Seja em forma de projeto, parcerias, seja na sala de aula exercendo nosso compromisso com a educação. Somos caixas fechadas, precisamos abrir os laços que nos prendem para também vivermos a experiencia da teoria e pratica, refletindo nosso posicionamento, nossas atitudes como professores mas principalmetne como seres humanos. Eu acredito que tudo isso vale a pena. Principalmente quando sabemos que os nossos alunos estão reagindo ao senso comum. Ainda há esperança!
abraço
Estrategias metodologicas
Presenciamos momentos tensos em relação ao processo educar para a vida, ensinar para encontrar o espaço no mercado de trabalho e no meio de tudo isso ainda lidar com a violência, drogas e alienação. Nossos alunos estão apáticos no pensar e agir, dominados e direcionados pelo poder da mídia. Desta forma como chamar a atenção para assuntos do conteúdo escolar que para eles apresentam-se chatos e sem graça? No texto apresentado sobre a fotografia e a escola, os alunos conseguiram desenvolver um olhar critico sobre o assunto proposto devido aos mecanismos que foram utilizados. A fotografia, a musica, a dança, o video, e ate mesmo as saída de campo, proporcionam a sensação de liberdade, ao terem essa sensação os alunos se soltam das cadeiras e escalam as paredes que prendem a imaginação para exercerem a natureza humana: o movimento. Reflito sobre o movimento dos adolescentes e percebo que eles não conseguem ficar parados. A energia e os hormônios estão em ebulição.Nesse movimento acelerado a tradicional forma de ensinar algo para alguem precisa ser repensada, revisada e alterada. Queremos formar cidadão? Mas o que é ser cidadão? O jovem se sente pertencente ao mundo no qual ele exercerá sua cidadania? Objetivamos que nossos alunos sejam pensantes e críticos, para que possam revindicar direitos e realizarem seus deveres. OK! Porem que tipo de pratica estamos realizando em nossas aulas?Percebemos que para formar pensamento critico,nossas perguntas devem partir de um raciocínio fora do senso comum?
Que tipo de prova para rever os conhecimentos estamos aplicando? Queremos que o aluno pense autonomo, porem planejamos uma prova de marcar. Repensar a pratica do professor é refletir sobre o que e como ensinamos e como avaliamos esse apreender.
Os jovens esperam por um líder. Estamos em posição de liderança mas não estamos obtendo sucesso. Como professores devemos exercer o compromisso em construir o conhecimento com nossos alunos, mas qual a estrategia para atingir o interesse do aluno pelo conteúdo? Muitas ações educativas estão atingindo seus objetivos. O que essas atividades tem em consenso para garantir uma aula dinâmica e atraente?
Percebemos que aproximar o jovem da realidade, do cotidiano, parece ser o ponto em comum entre varias atividades educacionais que estão superando o desafio da inercia. A musica, a fotografia, o grafite, entre outras linguagem da arte tem criado algum tipo de comunicação entre o aluno, professor e cotidiano individual e coletivo qe tem desestabilizado a area de conforto. Observar esse processo comunicativo como educativo é uma introdução ao complexo mundo do ensinar/aprender.
Ensinar é possibilitar através das experiencias metodológicas, as condições necessarias ao aluno de realizar as operações mentais necessárias para identificar as relações entre o conteúdo e a realidade, obtendo assim um significado para a teoria. Desafios que podem assustar, mas com certeza são motivacionais.
sábado, 1 de março de 2014
Indagações do abraço
Imagem criada por Leonardo Fonseca
Pessoa I
Por que choras? Se tens a mim
Não sabes que no meu abraço
Te protejo
Não sentes o meu querer?
Porque queres te libertar?
Meu amor não te é suficiente?
Pessoa II
Quero viver em outros cantos
Quero saber do outro lado
Percorrer ruas, andar sem rumo
Tuas mãos me seguram
Sou prisioneira do amor?
Pessoa I
Ah! Passaro sem gaiola
O que podes querer da vida?
A vida é insegura
No meu abraço tens guarida
Deixe a porta fechada
Pessoa II
Ah! O amor é liberdade
O vento que vai e vem
A vida é efêmera, temerei?
Quero construir presença
Nas coisas do mundo existir
CrisPastore
01.03.2014
09:45
Cartas nao enviadas
Uma Feliz Natal para você, um ano repleto de alegrias, Que você possa encontrar nos braços da pessoa amada todo o afeto, amor e respeito que voce merece. Que voce possa envelhecer com sabedoria e valorizar as pessoas ao seu redor. Tua filha precisa de ti, teus netos precisam de ti. Fique mais próximos daqueles que te querem bem e tem amor sincero no coração.
Saibas que ja te perdoei, Deus foi tão maravilhosos comigo que proporcionou uma vida diferente para que eu nao sucumbisse diante das dificuldades e principalmente sem amor.
Pude ofertar para ti todo o meu amor, toda a energia que estava em mim, tivesses o meu melhor. Hoje, nada mais importa, nem as lembranças, eram falsas....
Bem..mas não era esse o assunto....te desejo de coração toda a felicidade do mundo, e que entendas que mesmo o mundo me mostrando que o que vivemos foi errado, por seres casado, etc, eu sei que foi diferente,unico e especial.Nao,... para mim nao foi so sexo,para mim foi e é amor....um amor eterno. Mas vivi esse amor sozinha, e disso nao tens culpa. Nao se pode dar o que nao se sente.
Talvez na minha imaturidade eu tenha me perdido na forma de dizer isso, de revelar a verdade dentro de mim, e como proteção, muitas vezes mostrei quem eu não era.bj
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
ARTE FUNERÁRIA: relato de experiencia O CEMITERIO COMO ESPAÇO EDUCATIVO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE ICHI/UAB/SEAD POS-RS RIO GRANDE DO SUL: SOCIEDADE, POLITICA E CULTURA Metodologia do Ensino de Ciências Humanas Profa. Msc. Graciele Martini de Azevedo
PROPOSTA INTERDISCIPLINAR: O CEMITERIO COMO ESPAÇO EDUCATIVO DA ARTE E HISTORIA
Maria Cristina Pastore¹
crisrgs2000@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
Este relato tem por objetivo analisar a execução da ação pedagógica e seus resultados observados nas respostas dos alunos do 8º ano Azul² da Escola Estadual Nossa Senhora Medianeira na cidade do Rio Grande/RS aos questionamentos realizados em dois momentos distintos: antes da exposição dialogada e apos a saída de campo. A pesquisa tem por interesse observar a metodologia aplicada da saída de campo, com o intuito de perceber o nível de aprendizado e as relações que os alunos conseguem traçar durante a experiência. São tentativas de diagnosticar qual o nível de conhecimento prévio que o aluno possui relacionado ao tema estudado e como as informações que recebe durante as aulas influencia sua percepção de mundo. Qual a parcela de aprendizado desse conhecimento adquirido será útil para a vida? O que poderá ser apreendido em um espaço educativo invisível para a maioria das pessoas no contexto histórico, patrimonial e cultural? Nesse sentido Brandão nos convida a pensar em seu livro “O que é educação?”, que educação pode acontecer em qualquer lugar, espaços são ofertados de forma generosa, basta um olhar atento para perceber onde existe algo para ensinar e aprender. Estamos interligados pelo aprender e a todo o momento as conexões são realizadas. Trocas de conhecimento podem ser efetuadas em qualquer ambiente e o cemitério com seu patrimônio cultural, apresentando um museu a céu aberto, perpetua nossa identidade nas memorias sociais guardadas neste local inusitado e causador de estranhamento.
Apresento esse relato de experiência como tarefa exigida da disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências Humanas- professora Msc. Graciele Martini de
Azevedo- POS-RS: Rio Grande do Sul: sociedade politica e cultura da Universidade Federal do Rio Grande/RS - FURG - na modalidade EAD. Nessa disciplina discutimos o papel da escola na atualidade, a formação de professores, a interdisciplinaridade e como as diversas linguagens da arte podem contribuir para operacionalizar a aula produzindo interesse e motivação. Nesse sentido a metodologia usada da saída de campo e analise de dados parece expor conceitos pertinentes as reflexões e revisões das praticas do professor. Porem as analises dos procedimentos e considerações sobre a aplicação da metodologia merecem maior investigação e interpretação, para tanto continuaremos com a pesquisa em outras escolas.
A proposta pode se constituir interdisciplinar integrando a Arte, Historia. Geografia e Português, como parceira nas atividades, o que deve ser conversado com a direção da escola e com os professores das disciplinas. Assim ampliando a zona do envolvimento temático, auxiliando ao aluno realizar as operações mentais necessárias para organizar o pensamento em relação ao que está aprendendo.
A interdisciplinaridade como um processo integrador responde aos anseios da preocupação dos profissionais em educação, de relacionar os conteúdos com a realidade do aluno, construindo visões panorâmicas e aglutinadoras do saber no sentido de envolver o educando. A interdisciplinaridade é cruzar saberes (PERRENOUD,2000)
PROPOSTA
Com objetivo de demonstrar a necessidade da aproximação do adolescente dos assuntos referentes ao morrer, da memoria social e cultural pertencente ao local da experiência e devido ao encantamento e a admiração surgidos na visita ao acervo escultórico, podemos problematizar por que o assunto morte e suas especificidades não são abordadas como conteúdo disciplinar.
A partir da preocupação em provocar mudanças de atitudes no adolescente a respeito da morte, considerando a abordagem no assunto no ambiente escolar, as reflexões sobre o reconhecimentos da morte e sua
influencia na maneira de viver em relação ao outro e respeito a vida, tendem serem mais explicitas e frequentes, ampliando o debate para o âmbito familiar. Tema afastado dos debates familiares e escolares, conforme o sociólogo alemão Norbert Elias esclarece em suas pesquisas; " A dificuldade está em como se fala as crianças sobre a morte, e não no que lhes é dito."( ELIAS,2001 p. 26).
Perceber as formas de dialogar sobre assuntos tabus em sala de aula é percorrer caminhos não trilhados, consequentemente, sem orientação das possibilidades que se abrem ao estudo. Os planos de aula foram articulados para que no quarto encontro ocorresse a saída de campo ao cemitério católico da cidade de Rio Grande/RS. As metodologias de expor o conteúdo foram apresentadas nos planos de aula 01, 02 e 03, e constaram de textos, cruzadinhas, jogos educativos, incentivo a memoria com objetos familiares antigos, entre outras formas de explanação.
assunto. Doberstein, 2002 em suas considerações sobre o tema das esculturas funerárias nos apresenta o termo obra estatutárias, desta forma foi possível apresentar aos alunos o estudo do escultor/estatutário Matteo Tonietti em Rio Grande a partir das estatuas produzidas por esse artista italiano, presença marcante com suas obras na cidade.
Sob o viés da educação histórica BARCA, 2001, indica que o meio familiar, a comunidade local, a mídia, especialmente a tv, constituem fontes importantes para o conhecimento histórico dos jovens, que a escola não deve ignorar nem menosprezar, e o professor deve contribuir para modificar a compreensão do pensamento histórico no qual os princípios estão centrados na forma como alunos e professores pensam historia. A integração do tema articulando arte, geografia tentando direcionar para o processo da interdisciplinaridade e contribuindo ao se incluir no processo do passado interferindo no futuro e agindo no presente, contribui para instigar o pensamento histórico. Trabalhar esses princípios nos ambientes possíveis de ofertar conhecimento como o cemitério, museu a céu aberto, permite explorar conforme BARCA 2001 os significados do pensamento humano e da ação humana.
As oportunidades de relacionar os espaços da ação humana, as dimensões temporais, passado presente e futuro com as atividades desenvolvidas em sala de aula, estão permeadas de experiência cotidiana. Conectar esses mundos, sala de aula, espaços urbanos carregados da presença histórica e cotidiana tem penetrado profundamente no pensamento dos educadores. Nesse sentido pesquisas centradas na teoria da consciência histórica no campo da didática, buscam metodologias para aproximar a aprendizagem histórica com o cotidiano, com a vida. Existe uma reflexão da didática da historia.
Buscamos ampliar o campo metodológico, tentando inovar, focando despertar e incentivar a observação, a prática e a contextualização. Entretanto existe a necessidade do profissional de possuir habilidade na transposição didática, adequar os conhecimentos universitários à realidade do aluno. (PASTORE,2013)
O desenvolvimento das habilidades do profissional durante o curso universitário corrobora para que o seu desempenho em sala de aula seja de compromisso com a educação de qualidade e tenha a conscientização de exercer a atividade docente de forma ética, adquirindo hábitos de pesquisa e buscando a qualificação para exercer a arte educação, promover aprendizado histórico e se perceber como sujeito operante do processo de ensinar/aprender. Estimulamos durante todo o percurso da experiência a reflexão sobre a relação do local da saída de campo, o cemitério, entrecruzando com problemática do falar em morte e seus arcanos como praticas sociais e históricas. Objetivamos com e através dessas atividades, a possibilidade dos adolescentes de se apropriarem desse conhecimento e da relação que a experiência pedagógica interdisciplinar pode auxiliar na formação do individuo critico perante a uma sociedade alheia às questões sobre morte. Criar probabilidades de exercer a liberdade e o agir de forma empírica em questões relacionadas com a vida e a morte, facilitando a abertura de dialogo nas demandas aqui analisadas e
afastadas do convívio comunicativo entre as famílias e também do cotidiano escolar, são questões a serem analisadas. A partir do local escolhido, a configuração territorial proporciona explorar as possibilidades. O desafio é criar possíveis metodologias que provocam reflexões e sejam diretamente ligadas ao processo formativo do aluno como cidadão consciente de seu papel na sociedade e no mundo. Completa as projeções desse trabalho ações que incentivam à pratica artística, o conhecimento histórico e estimulam o jovem a desenvolver imaginação relacionada ao tema, ao local, e se apropriar das descobertas para a vida.
As narrativas dos 20 alunos aos questionamentos apresentados foram sistematizadas entre o sim e não apenas para levantamento de dados. As questões deverão sofrer aprofundamento e embasamento teórico, além de incluir mais alunos de outra escola na pesquisa. Aqui estamos apresentando a analise no universo de 20 alunos.
Conhecem algum museu?
Respostas positivas 08
Respostas negativas 12
O que é escultura?
Respostas positivas 15 (sabiam)
Respostas negativas 05 ( declaram que nao sabiam )
Realizaram algum procedimento escultórico?
Respostas positivas 03
Respostas negativas 17
A família conversa sobre morte e o morrer?
Respostas positivas 08
Respostas negativas 12
Esteve alguma vez no cemitério?
Respostas positivas 13
Respostas negativas 07
Motivos do comparecimento ao cemitério
Sepultamento de parente 07
Visita 03
Não responderam 03
Observamos que em algum questionamento as respostas indicam um não conhecimento sobre o que foi perguntado. É preocupante na medida em que as idades e o ano em que se encontram, supostamente, deveriam ter vivenciado as experiências que proporcionariam um nível de conhecimento plausível. Nesse sentido o processo da interdisciplinaridade pode contribuir. Rever esses posicionamentos como professores é refletir sobre as praticas educacionais. O uso da saída de campo proporciona ao aluno a atmosfera favorável para demonstrar sua curiosidade, sente-se a vontade para perguntar, sente-se livre das paredes que representam um lugar fechado, com determinadas regras. Na saída de campo a alegria é contagiante, proporcionando um aprender naturalmente.
O roteiro sugerido é forma de interpretar as ansiedades dos alunos de saírem da sala de aula e buscarem alternativas de vivenciar situações com relação aos momentos da vida, ao cotidiano, do aprender a viver. Aprendemos como nascemos, aprendemos como somos concebidos, aprendemos como funciona nosso organismo, mas não nos ensinam a conhecer os processos de viver nem os rituais de morrer. Desde muito tempo o ser humano preocupa-se com os rituais da passagem da vida para a morte, mas os procedimentos para sepultar os mortos e assuntos sobre a morte, nunca estiveram tão afastados do cotidiano dos alunos. A partir da observação da escultura funerária foi possível aproximar o adolescente do conhecimento que rodeiam os mistérios da morte e do processo de morrer. O local da experiência, o cemitério, aqui apresentado como museu a céu aberto, abarcou a busca para compreender os sentidos das tradições de sepultamento, emergindo em um mundo invisível e problemático.
A visita ao cemitério provocou admiração, curiosidade e através das esculturas funerárias foi possível sentir a beleza e perceber a mensagem que deve ser considerada. Uma mensagem preenchida de aspectos simbólicos, a perpetuação do corpo e a lembrança do ente querido. Podemos pensar em desdobramentos para o tema sugerido.
REFERENCIAS
ABUD, K. M.; SILVA, A. C. M.; ALVES, R. C. Anna Maria Pessoa de Carvalho (org) Ensino de História. São. Paulo: Cengage Learning, 2013, Coleção ideias em ação.
ARIÉS, Phillippe. História da morte no Ocidente: Da Idade Média aos Nossos Dias. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.
BARBOSA, Ana Mae. (org.). Inquietações e mudanças no ensino de arte. São Paulo: Cortez, 2003.
BARCA, Isabel. O pensamento histórico. Braga, CEEP, Universidade de Minho 2000
______Educação Histórica, uma area de investigação. Revista Portuguesa de Educação pg 13-21 2001 acessado em 15.01.2014 http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2305.pdf
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares. Pluralidade cultural, Acessado em 10.01.2012. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pluralidade.pdf
DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Estatuários, catolicismo e gauchismo, EDIPUCRS, 2002, 372 pp.
DUARTE JR., João Francisco. O Sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Campinas, 2000.
ELIAS, Norbert, 1997-1990 A solidão dos moribundos, seguido de, Envelhecer e morrer/ Norberto Elias; tradução, Plínio Dentzlen _Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FOUCAULT, Michel. Outros Espaços. In: (Org.:). MOTTA, Manoel Barros Michel Foucault. Estética: Literatura e Pintura, Música e Cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.
HORTA, Maria de Lourdes P., GRUNBERG, Evelina, MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial. 1999.
KOVÁCS, Maria Julia. Educação para a morte. Temas e reflexões. São Paulo: Casa do Psicólogo: Fapesp, 2003.
PASTORE, Maria Cristina. Educação Patrimonial através das oficinas de arte. Anais UFRGS- Porto Alegre - RS. (Online) Disponível em <<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>. Acessado em 10.01.2013
______ A cidade dos mortos a cidade dos vivos: diálogos possíveis entre a escultura funerária e o cotidiano escolar. Trabalho de conclusão de curso (graduação) – Universidade Federal do Rio Grande - FURG, Instituto de Letras e Artes – ILA, Artes visuais Licenciatura. 2013
______ Cemitério: Um lugar (in) explorado pelo ensino de arte. Acessado em 25.01.2014 https://docs.google.com/file/d/0B9hrI7rJtjwqM0d2OXFKMlE0a0U/edit
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: Teoria da História - os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora da UnB, 2001.
PROPOSTA INTERDISCIPLINAR: O CEMITERIO COMO ESPAÇO EDUCATIVO DA ARTE E HISTORIA
Maria Cristina Pastore¹
crisrgs2000@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
Este relato tem por objetivo analisar a execução da ação pedagógica e seus resultados observados nas respostas dos alunos do 8º ano Azul² da Escola Estadual Nossa Senhora Medianeira na cidade do Rio Grande/RS aos questionamentos realizados em dois momentos distintos: antes da exposição dialogada e apos a saída de campo. A pesquisa tem por interesse observar a metodologia aplicada da saída de campo, com o intuito de perceber o nível de aprendizado e as relações que os alunos conseguem traçar durante a experiência. São tentativas de diagnosticar qual o nível de conhecimento prévio que o aluno possui relacionado ao tema estudado e como as informações que recebe durante as aulas influencia sua percepção de mundo. Qual a parcela de aprendizado desse conhecimento adquirido será útil para a vida? O que poderá ser apreendido em um espaço educativo invisível para a maioria das pessoas no contexto histórico, patrimonial e cultural? Nesse sentido Brandão nos convida a pensar em seu livro “O que é educação?”, que educação pode acontecer em qualquer lugar, espaços são ofertados de forma generosa, basta um olhar atento para perceber onde existe algo para ensinar e aprender. Estamos interligados pelo aprender e a todo o momento as conexões são realizadas. Trocas de conhecimento podem ser efetuadas em qualquer ambiente e o cemitério com seu patrimônio cultural, apresentando um museu a céu aberto, perpetua nossa identidade nas memorias sociais guardadas neste local inusitado e causador de estranhamento.
Apresento esse relato de experiência como tarefa exigida da disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências Humanas- professora Msc. Graciele Martini de
Azevedo- POS-RS: Rio Grande do Sul: sociedade politica e cultura da Universidade Federal do Rio Grande/RS - FURG - na modalidade EAD. Nessa disciplina discutimos o papel da escola na atualidade, a formação de professores, a interdisciplinaridade e como as diversas linguagens da arte podem contribuir para operacionalizar a aula produzindo interesse e motivação. Nesse sentido a metodologia usada da saída de campo e analise de dados parece expor conceitos pertinentes as reflexões e revisões das praticas do professor. Porem as analises dos procedimentos e considerações sobre a aplicação da metodologia merecem maior investigação e interpretação, para tanto continuaremos com a pesquisa em outras escolas.
A proposta pode se constituir interdisciplinar integrando a Arte, Historia. Geografia e Português, como parceira nas atividades, o que deve ser conversado com a direção da escola e com os professores das disciplinas. Assim ampliando a zona do envolvimento temático, auxiliando ao aluno realizar as operações mentais necessárias para organizar o pensamento em relação ao que está aprendendo.
A interdisciplinaridade como um processo integrador responde aos anseios da preocupação dos profissionais em educação, de relacionar os conteúdos com a realidade do aluno, construindo visões panorâmicas e aglutinadoras do saber no sentido de envolver o educando. A interdisciplinaridade é cruzar saberes (PERRENOUD,2000)
PROPOSTA
Com objetivo de demonstrar a necessidade da aproximação do adolescente dos assuntos referentes ao morrer, da memoria social e cultural pertencente ao local da experiência e devido ao encantamento e a admiração surgidos na visita ao acervo escultórico, podemos problematizar por que o assunto morte e suas especificidades não são abordadas como conteúdo disciplinar.
A partir da preocupação em provocar mudanças de atitudes no adolescente a respeito da morte, considerando a abordagem no assunto no ambiente escolar, as reflexões sobre o reconhecimentos da morte e sua
influencia na maneira de viver em relação ao outro e respeito a vida, tendem serem mais explicitas e frequentes, ampliando o debate para o âmbito familiar. Tema afastado dos debates familiares e escolares, conforme o sociólogo alemão Norbert Elias esclarece em suas pesquisas; " A dificuldade está em como se fala as crianças sobre a morte, e não no que lhes é dito."( ELIAS,2001 p. 26).
Perceber as formas de dialogar sobre assuntos tabus em sala de aula é percorrer caminhos não trilhados, consequentemente, sem orientação das possibilidades que se abrem ao estudo. Os planos de aula foram articulados para que no quarto encontro ocorresse a saída de campo ao cemitério católico da cidade de Rio Grande/RS. As metodologias de expor o conteúdo foram apresentadas nos planos de aula 01, 02 e 03, e constaram de textos, cruzadinhas, jogos educativos, incentivo a memoria com objetos familiares antigos, entre outras formas de explanação.
Fig. 01 Alunos em visita ao cemitério (Foto realizada pela autora)
A arte cemiterial ou arte funerária acompanha o homem desde o inicio da civilização. A preocupação das civilizações primitivas com os rituais, com a decoração, a arquitetura, as praticas mortuárias, desde as cremações ou praticas menos convencionais, exercem a pretensão de despertar o interesse do aluno noassunto. Doberstein, 2002 em suas considerações sobre o tema das esculturas funerárias nos apresenta o termo obra estatutárias, desta forma foi possível apresentar aos alunos o estudo do escultor/estatutário Matteo Tonietti em Rio Grande a partir das estatuas produzidas por esse artista italiano, presença marcante com suas obras na cidade.
Sob o viés da educação histórica BARCA, 2001, indica que o meio familiar, a comunidade local, a mídia, especialmente a tv, constituem fontes importantes para o conhecimento histórico dos jovens, que a escola não deve ignorar nem menosprezar, e o professor deve contribuir para modificar a compreensão do pensamento histórico no qual os princípios estão centrados na forma como alunos e professores pensam historia. A integração do tema articulando arte, geografia tentando direcionar para o processo da interdisciplinaridade e contribuindo ao se incluir no processo do passado interferindo no futuro e agindo no presente, contribui para instigar o pensamento histórico. Trabalhar esses princípios nos ambientes possíveis de ofertar conhecimento como o cemitério, museu a céu aberto, permite explorar conforme BARCA 2001 os significados do pensamento humano e da ação humana.
FIG. 02 Escultura no cemitério católico de Rio Grande/RS
Foto de aluna
Buscamos ampliar o campo metodológico, tentando inovar, focando despertar e incentivar a observação, a prática e a contextualização. Entretanto existe a necessidade do profissional de possuir habilidade na transposição didática, adequar os conhecimentos universitários à realidade do aluno. (PASTORE,2013)
O desenvolvimento das habilidades do profissional durante o curso universitário corrobora para que o seu desempenho em sala de aula seja de compromisso com a educação de qualidade e tenha a conscientização de exercer a atividade docente de forma ética, adquirindo hábitos de pesquisa e buscando a qualificação para exercer a arte educação, promover aprendizado histórico e se perceber como sujeito operante do processo de ensinar/aprender. Estimulamos durante todo o percurso da experiência a reflexão sobre a relação do local da saída de campo, o cemitério, entrecruzando com problemática do falar em morte e seus arcanos como praticas sociais e históricas. Objetivamos com e através dessas atividades, a possibilidade dos adolescentes de se apropriarem desse conhecimento e da relação que a experiência pedagógica interdisciplinar pode auxiliar na formação do individuo critico perante a uma sociedade alheia às questões sobre morte. Criar probabilidades de exercer a liberdade e o agir de forma empírica em questões relacionadas com a vida e a morte, facilitando a abertura de dialogo nas demandas aqui analisadas e
afastadas do convívio comunicativo entre as famílias e também do cotidiano escolar, são questões a serem analisadas. A partir do local escolhido, a configuração territorial proporciona explorar as possibilidades. O desafio é criar possíveis metodologias que provocam reflexões e sejam diretamente ligadas ao processo formativo do aluno como cidadão consciente de seu papel na sociedade e no mundo. Completa as projeções desse trabalho ações que incentivam à pratica artística, o conhecimento histórico e estimulam o jovem a desenvolver imaginação relacionada ao tema, ao local, e se apropriar das descobertas para a vida.
As narrativas dos 20 alunos aos questionamentos apresentados foram sistematizadas entre o sim e não apenas para levantamento de dados. As questões deverão sofrer aprofundamento e embasamento teórico, além de incluir mais alunos de outra escola na pesquisa. Aqui estamos apresentando a analise no universo de 20 alunos.
Conhecem algum museu?
Respostas positivas 08
Respostas negativas 12
O que é escultura?
Respostas positivas 15 (sabiam)
Respostas negativas 05 ( declaram que nao sabiam )
Realizaram algum procedimento escultórico?
Respostas positivas 03
Respostas negativas 17
A família conversa sobre morte e o morrer?
Respostas positivas 08
Respostas negativas 12
Esteve alguma vez no cemitério?
Respostas positivas 13
Respostas negativas 07
Motivos do comparecimento ao cemitério
Sepultamento de parente 07
Visita 03
Não responderam 03
Observamos que em algum questionamento as respostas indicam um não conhecimento sobre o que foi perguntado. É preocupante na medida em que as idades e o ano em que se encontram, supostamente, deveriam ter vivenciado as experiências que proporcionariam um nível de conhecimento plausível. Nesse sentido o processo da interdisciplinaridade pode contribuir. Rever esses posicionamentos como professores é refletir sobre as praticas educacionais. O uso da saída de campo proporciona ao aluno a atmosfera favorável para demonstrar sua curiosidade, sente-se a vontade para perguntar, sente-se livre das paredes que representam um lugar fechado, com determinadas regras. Na saída de campo a alegria é contagiante, proporcionando um aprender naturalmente.
O roteiro sugerido é forma de interpretar as ansiedades dos alunos de saírem da sala de aula e buscarem alternativas de vivenciar situações com relação aos momentos da vida, ao cotidiano, do aprender a viver. Aprendemos como nascemos, aprendemos como somos concebidos, aprendemos como funciona nosso organismo, mas não nos ensinam a conhecer os processos de viver nem os rituais de morrer. Desde muito tempo o ser humano preocupa-se com os rituais da passagem da vida para a morte, mas os procedimentos para sepultar os mortos e assuntos sobre a morte, nunca estiveram tão afastados do cotidiano dos alunos. A partir da observação da escultura funerária foi possível aproximar o adolescente do conhecimento que rodeiam os mistérios da morte e do processo de morrer. O local da experiência, o cemitério, aqui apresentado como museu a céu aberto, abarcou a busca para compreender os sentidos das tradições de sepultamento, emergindo em um mundo invisível e problemático.
A visita ao cemitério provocou admiração, curiosidade e através das esculturas funerárias foi possível sentir a beleza e perceber a mensagem que deve ser considerada. Uma mensagem preenchida de aspectos simbólicos, a perpetuação do corpo e a lembrança do ente querido. Podemos pensar em desdobramentos para o tema sugerido.
REFERENCIAS
ABUD, K. M.; SILVA, A. C. M.; ALVES, R. C. Anna Maria Pessoa de Carvalho (org) Ensino de História. São. Paulo: Cengage Learning, 2013, Coleção ideias em ação.
ARIÉS, Phillippe. História da morte no Ocidente: Da Idade Média aos Nossos Dias. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.
BARBOSA, Ana Mae. (org.). Inquietações e mudanças no ensino de arte. São Paulo: Cortez, 2003.
BARCA, Isabel. O pensamento histórico. Braga, CEEP, Universidade de Minho 2000
______Educação Histórica, uma area de investigação. Revista Portuguesa de Educação pg 13-21 2001 acessado em 15.01.2014 http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2305.pdf
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares. Pluralidade cultural, Acessado em 10.01.2012. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pluralidade.pdf
DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Estatuários, catolicismo e gauchismo, EDIPUCRS, 2002, 372 pp.
DUARTE JR., João Francisco. O Sentido dos sentidos: a educação (do) sensível. Campinas, 2000.
ELIAS, Norbert, 1997-1990 A solidão dos moribundos, seguido de, Envelhecer e morrer/ Norberto Elias; tradução, Plínio Dentzlen _Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FOUCAULT, Michel. Outros Espaços. In: (Org.:). MOTTA, Manoel Barros Michel Foucault. Estética: Literatura e Pintura, Música e Cinema. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.
HORTA, Maria de Lourdes P., GRUNBERG, Evelina, MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial. 1999.
KOVÁCS, Maria Julia. Educação para a morte. Temas e reflexões. São Paulo: Casa do Psicólogo: Fapesp, 2003.
PASTORE, Maria Cristina. Educação Patrimonial através das oficinas de arte. Anais UFRGS- Porto Alegre - RS. (Online) Disponível em <<<<<<<<<<<<<
______ A cidade dos mortos a cidade dos vivos: diálogos possíveis entre a escultura funerária e o cotidiano escolar. Trabalho de conclusão de curso (graduação) – Universidade Federal do Rio Grande - FURG, Instituto de Letras e Artes – ILA, Artes visuais Licenciatura. 2013
______ Cemitério: Um lugar (in) explorado pelo ensino de arte. Acessado em 25.01.2014 https://docs.google.com/file/d/0B9hrI7rJtjwqM0d2OXFKMlE0a0U/edit
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: Teoria da História - os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora da UnB, 2001.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
O ser humano
O que é que está acontecendo com o "ser humano"? Essa condição diz respeito ao ao viver em sociedade, e tentar praticar a educação que deveria ser a base de tudo, tem sido um exercício diário de sobrevivência das intenções "sem intenções" . Porem o que percebemos são atitudes de desprezo pela ação humana que promove o compartilhamento de informações, de espaços, de pensamentos. São educadores, filosofos, socialistas, ambientalistas, liders entre outros que tentam lutar por uma condição saudavel da mente e do corpo em um mundo marcado pela violencia, agressividade e confusão no comportamento. Ja não sabemos quem e o que somos.....competitivos naõ quer dizer desumano, ambiciosos não quer dizer perniciosos. Em um mundo no qual os meio justificam os fins, qual o posicionamento dos que não compactuam com as tendencias da epoca?
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
A construção da compreensão da cultura gaúcha: multicultura
A construção da compreensão da cultura gaúcha: multicultura
Maria Cristina Pastore
O ser humano possui características de ser sociável e viver em grupo. Viver em sociedade significa seguir um conjunto de regras e comportamentos de forma que sejamos aceitos em determinados grupos dentro dessa sociedade. O homem é composto desse conjunto de preceitos que conduzem a vida em sociedade que são transmitidos de geração em geração. Dependendo do meio em que está inserido, o ser humano sofre a influencia da herança cultural, movimento das culturas dos povos que originaram o meio. .
O meio em que habita identifica que cultura o sujeito participa naquele momento, muitas vezes sofrendo a influencia desse meio, ou produzindo uma nova cultura. Quando nos deslocamos para outros lugares, percebemos algumas diferenças nos comportamentos das pessoas em relação a certos hábitos que estávamos acostumados. Identificamos essas diferenças na linguagem, na gastronomia, nas tradições, entre outros detalhes. Observamos a comunicação e o comportamento que caracteriza e identifica o lugar de origem, ou seja, cada região possui sua cultura, mas todos somos brasileiros. Somos formados por conjuntos de desdobramentos de culturas, portanto podemos afirmar que somos multiculturais. Conforme Martha Abreu
Para alguns historiadores atuais, como Roger Chartier, sempre foi impossível saber (ou mesmo não interessa descobrir) o que é genuinamente do povo, pela dificuldade ou mesmo impossibilidade de se precisar a origem social das manifestações culturais, em função da histórica relação e do intercambio cultural entre os mundos sociais, em qualquer período da historia. ABREU, 2009 p.83
Não podemos identificar com absoluta certeza as origens das manifestações culturais que fazem parte da nossa identidade cultural, porem podemos nos orientar pelo tempo e pelas fontes que fornecem indícios de nossa origem. Os desdobramentos que os processos culturais sofreram e sofrem, permitem que novas culturas sejam produzidas e incorporadas, assim somos seres multiculturais sempre em transformação e aglutinação.
O que é ser gaúcho? Em que momento se percebe as origens das tradições culturais que formaram o povo gaúcho? Segundo TORRES:
Apesar de migrarem para promoverem o desenvolvimento de atividades agrícolas, as quais, por exemplo, foram implementadas inclusive com o plantio do trigo, os açorianos foram, ao longo das décadas, transformando-se de colonos agricultores em fazendeiros/criadores. TORRES
Identificamos alguns aspectos da relação com a terra, além da contribuição do homem nativo, o índio, que não deve ser esquecido pela memoria social como importante membro da formação cultural não só no Rio Grande do Sul como em todo o Brasil.
Podemos ser brasileiro, gaúcho, rio-grandino, descendentes de italianos, portugueses, indígenas, e podemos muitas vezes negar toda a carga do DNA cultural para tentar viver outra cultura. Será possível se desvincular totalmente das características culturais herdadas para incorporar novas culturas? Poderíamos pensar nesse processo como degenerativo ou transformador? Diante desses questionamentos, podemos refletir sobre a cultura gaúcha, conforme Maria do Carmo Arana de Aguiar indica no texto da disciplina Historia Cultural no Rio Grande do Sul:
No entanto, devemos salientar que no processo de construção da identidade do povo gaúcho podemos encontrar traços de todas as culturas que vieram em busca da riqueza da região sul, não só na música dos imigrantes poloneses, alemães, italianos e africanos que com os seus ritmos, credos e costumes construíram de forma muito especial e diferenciada o hibridismo cultural do Estado do Rio Grande do Sul
Conhecer é construir possibilidades, assim, conhecer nossa cultura, origens, desdobramentos temporais, adaptações e as condições em que ocorreu aculturamento, são possibilidades de refletir nosso comportamento passado, presente e futuro, desenvolvendo a consciência histórica. No qual incluímos ou destituímos procedimentos culturais em nosso dia a dia. Somos seres que vivemos em sociedade, praticamos hábitos e costumes, formamos grupos e interagimos com o outro em trocas diárias de conhecimento.
A diversidade cultural em uma sociedade pode ser percebida nos grupos que a compõe, sejam grupos étnicos, grupos religiosos, grupos jovens, entre outros, que apresentam distintas atitudes comportamentais para determinada situação ( vestimentas, linguagem, gastronomia, etc.). A cultura gaúcha se constitui de outras culturas, são desdobramentos da influencia portuguesa, italiana, espanhola, indígena entre outras. Conforme AGUIAR:
Sendo que o Rio Grande do Sul apresenta uma grande diversidade cultural, podemos concluir então que a cultura do Estado foi formada por duas correntes culturais: uma delas, a gaúcha, com suas origens nos antigos povos que habitavam os pampas e a outra corrente, aquela formada pelos europeus. A primeira corrente é aquela pautada pela vida campeira com a criação do gado que primeiramente era nômade e, depois, teve sua criação nas estâncias. Já a segunda corrente era formada pelos imigrantes que possuíam sua economia baseada na agricultura e na criação familiar.
A representação em círculos busca diagramar a compreensão da multicultura que constitui cada individuo, demonstrando o movimento das condições em que o povo gaúcho se constitui de todas as manifestações culturais diversificadas. Indica possibilidades de perceber que a cultura se transforma pela aglutinação ou degeneração, provocando transformação nas praticas culturais e na identidade cultural.
Não ha conhecimento sem o meio e não há o meio sem pessoas, então o saber ler e escrever não basta para acabar com o desinteresse pela cultura, necessário comprometimento, envolvimento e principalmente saber entregar generosamente o conhecimento adquirido. Os educadores envolvidos com projetos de resgate cultural têm como objetivo desenvolver o autoconhecimento do individuo ou do coletivo tentando descobrir origens do conhecimento e a intenção de perpetuar no tempo as práticas culturais. Nesse sentido os movimentos tradicionalistas no Rio Grande do Sul, buscam através da dança, da gastronomia, da vestimenta vivenciar a relação do homem campeiro aliançado com um passado. Poderia caracterizar a manifestação cultural de aglutinação formador de identidade cultural, através do processo de transformação.
Essas rupturas com tradições não significam negação, mas incorporação de novas formas de comportamento. Os movimentos de resgate dessa herança cultural buscam sensibilizar e influenciar a pratica de tradições para que não se percam nos desdobramentos temporais e no processo de esquecimento. Portanto o respeito e a admiração pelo passado constitui importante conhecimento de identidade e não deve ser renegado. Alguns movimentos culturais buscam instigar o pertencimento, a apropriação de tradições para serem registradas e ensinadas às novas gerações, Nada mais legitimo. Porem o respeito também é devido às novas culturas que foram desdobramentos de raízes históricas. e mesmo assim continuam gauchos, como por exemplo a contra cultura..
A identidade do gaúcho se fortalece a partir da miscigenação de povos. Assim justifica o conteúdo ofertado por Maria do Carmo Arana de Aguiar na pagina da disciplina Historia cultural no Rio Grande do Sul:
A identidade do gaúcho foi o resultado da mistura entre os imigrantes portugueses, espanhóis, alemães, italianos, africanos e os índios que já habitavam esta terra. Para disseminar seus costumes, foi necessária a criação de entidades que tivessem como finalidade demonstrar e cristalizar as tradições que foram efetivadas através dos Centros de Tradições Gaúchas – CTG, que são, no estado do Rio Grande do Sul, os transmissores de uma cultura repleta de riqueza.
Na sala de aula
Na sala de aula percebemos com maior intensidade a diversidade cultural. Mas o que é ter identidade cultural? Você se sente um ser inserido em alguma cultura? Qual? Ao realizar esses questionamentos aos alunos do oitavo ano, inúmeras respostas e as mais variadas foram narradas:
_ HIP HOP é cultura! Dizia um aluno. O outro argumentava que era o FUNK, uma menina disse que frequentava CTG. E assim vários alunos foram colocando suas preferencias. Então o professor perguntou:
_Alguém come churrasco? A maioria respondeu que sim. Multiculturais!
Partindo desse questionamento, percebemos que durante nossa vida assumimos muitos papeis sociais. em determinado momento somos criança e estamos vivendo as praticas culturais de ser criança, apos podemos chegar na adolescência e somos inseridos em um mundo repleto de informações, moda, gastronomia, musica, games, valores morais, entre outras, e essa mistura constituem a identidade cultural. Conforme BRANDÃO: "A evolução da cultura humana levou o homem a transmitir conhecimento, criando situações sociais de ensinar -aprender-ensinar."
Na sociedade do conhecimento, "ser culto" pode representar ser intelectual, porem construir identidade cultural, é ser inspirado por atitudes, comportamento, pertencimento, explorar sentimentos, receber contribuições do passado, legitimando as ações no presente.
REFERÊNCIAS
ABREU, Martha Ensino de Histtória: conceitos, tematicas e metodologias 2ed. Rio de Janeiro:Casa da palavra, 2009
ABUD, K. M.; SILVA, A. C. M.; ALVES, R. C. Anna Maria Pessoa de Carvalho (org) Ensino de História. São. Paulo: Cengage Learning, 2013, Coleção ideias em ação
AGUIAR, Maria do Carmo Arana de. Texto apresentado na disciplina Historia Cultural do Rio Grande do Sul. disponivel para alunos da EAD FURG em: http://www.uab.furg.br/course/view.php?id=740 acessado em 25.01.2014
BRANDÃO. Carlos R. O que é educação, 33ª Ed. Brasiliense, São Paulo. 1995
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: Teoria da História - os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora da UnB, 2001.
TORRES, Luiz Henrique. A colonização açoriana no Rio Grande do Sul (1752-1763). Biblos. Rio Grande, 2004. p.177-189. Disponível em: http://www.seer.furg.br/biblos/article/view/421/105. Acesso em: 26/01/2014
Maria Cristina Pastore
O ser humano possui características de ser sociável e viver em grupo. Viver em sociedade significa seguir um conjunto de regras e comportamentos de forma que sejamos aceitos em determinados grupos dentro dessa sociedade. O homem é composto desse conjunto de preceitos que conduzem a vida em sociedade que são transmitidos de geração em geração. Dependendo do meio em que está inserido, o ser humano sofre a influencia da herança cultural, movimento das culturas dos povos que originaram o meio. .
O meio em que habita identifica que cultura o sujeito participa naquele momento, muitas vezes sofrendo a influencia desse meio, ou produzindo uma nova cultura. Quando nos deslocamos para outros lugares, percebemos algumas diferenças nos comportamentos das pessoas em relação a certos hábitos que estávamos acostumados. Identificamos essas diferenças na linguagem, na gastronomia, nas tradições, entre outros detalhes. Observamos a comunicação e o comportamento que caracteriza e identifica o lugar de origem, ou seja, cada região possui sua cultura, mas todos somos brasileiros. Somos formados por conjuntos de desdobramentos de culturas, portanto podemos afirmar que somos multiculturais. Conforme Martha Abreu
Para alguns historiadores atuais, como Roger Chartier, sempre foi impossível saber (ou mesmo não interessa descobrir) o que é genuinamente do povo, pela dificuldade ou mesmo impossibilidade de se precisar a origem social das manifestações culturais, em função da histórica relação e do intercambio cultural entre os mundos sociais, em qualquer período da historia. ABREU, 2009 p.83
Não podemos identificar com absoluta certeza as origens das manifestações culturais que fazem parte da nossa identidade cultural, porem podemos nos orientar pelo tempo e pelas fontes que fornecem indícios de nossa origem. Os desdobramentos que os processos culturais sofreram e sofrem, permitem que novas culturas sejam produzidas e incorporadas, assim somos seres multiculturais sempre em transformação e aglutinação.
O que é ser gaúcho? Em que momento se percebe as origens das tradições culturais que formaram o povo gaúcho? Segundo TORRES:
Apesar de migrarem para promoverem o desenvolvimento de atividades agrícolas, as quais, por exemplo, foram implementadas inclusive com o plantio do trigo, os açorianos foram, ao longo das décadas, transformando-se de colonos agricultores em fazendeiros/criadores. TORRES
Identificamos alguns aspectos da relação com a terra, além da contribuição do homem nativo, o índio, que não deve ser esquecido pela memoria social como importante membro da formação cultural não só no Rio Grande do Sul como em todo o Brasil.
Podemos ser brasileiro, gaúcho, rio-grandino, descendentes de italianos, portugueses, indígenas, e podemos muitas vezes negar toda a carga do DNA cultural para tentar viver outra cultura. Será possível se desvincular totalmente das características culturais herdadas para incorporar novas culturas? Poderíamos pensar nesse processo como degenerativo ou transformador? Diante desses questionamentos, podemos refletir sobre a cultura gaúcha, conforme Maria do Carmo Arana de Aguiar indica no texto da disciplina Historia Cultural no Rio Grande do Sul:
No entanto, devemos salientar que no processo de construção da identidade do povo gaúcho podemos encontrar traços de todas as culturas que vieram em busca da riqueza da região sul, não só na música dos imigrantes poloneses, alemães, italianos e africanos que com os seus ritmos, credos e costumes construíram de forma muito especial e diferenciada o hibridismo cultural do Estado do Rio Grande do Sul
Conhecer é construir possibilidades, assim, conhecer nossa cultura, origens, desdobramentos temporais, adaptações e as condições em que ocorreu aculturamento, são possibilidades de refletir nosso comportamento passado, presente e futuro, desenvolvendo a consciência histórica. No qual incluímos ou destituímos procedimentos culturais em nosso dia a dia. Somos seres que vivemos em sociedade, praticamos hábitos e costumes, formamos grupos e interagimos com o outro em trocas diárias de conhecimento.
A diversidade cultural em uma sociedade pode ser percebida nos grupos que a compõe, sejam grupos étnicos, grupos religiosos, grupos jovens, entre outros, que apresentam distintas atitudes comportamentais para determinada situação ( vestimentas, linguagem, gastronomia, etc.). A cultura gaúcha se constitui de outras culturas, são desdobramentos da influencia portuguesa, italiana, espanhola, indígena entre outras. Conforme AGUIAR:
Sendo que o Rio Grande do Sul apresenta uma grande diversidade cultural, podemos concluir então que a cultura do Estado foi formada por duas correntes culturais: uma delas, a gaúcha, com suas origens nos antigos povos que habitavam os pampas e a outra corrente, aquela formada pelos europeus. A primeira corrente é aquela pautada pela vida campeira com a criação do gado que primeiramente era nômade e, depois, teve sua criação nas estâncias. Já a segunda corrente era formada pelos imigrantes que possuíam sua economia baseada na agricultura e na criação familiar.
A representação em círculos busca diagramar a compreensão da multicultura que constitui cada individuo, demonstrando o movimento das condições em que o povo gaúcho se constitui de todas as manifestações culturais diversificadas. Indica possibilidades de perceber que a cultura se transforma pela aglutinação ou degeneração, provocando transformação nas praticas culturais e na identidade cultural.
Não ha conhecimento sem o meio e não há o meio sem pessoas, então o saber ler e escrever não basta para acabar com o desinteresse pela cultura, necessário comprometimento, envolvimento e principalmente saber entregar generosamente o conhecimento adquirido. Os educadores envolvidos com projetos de resgate cultural têm como objetivo desenvolver o autoconhecimento do individuo ou do coletivo tentando descobrir origens do conhecimento e a intenção de perpetuar no tempo as práticas culturais. Nesse sentido os movimentos tradicionalistas no Rio Grande do Sul, buscam através da dança, da gastronomia, da vestimenta vivenciar a relação do homem campeiro aliançado com um passado. Poderia caracterizar a manifestação cultural de aglutinação formador de identidade cultural, através do processo de transformação.
Essas rupturas com tradições não significam negação, mas incorporação de novas formas de comportamento. Os movimentos de resgate dessa herança cultural buscam sensibilizar e influenciar a pratica de tradições para que não se percam nos desdobramentos temporais e no processo de esquecimento. Portanto o respeito e a admiração pelo passado constitui importante conhecimento de identidade e não deve ser renegado. Alguns movimentos culturais buscam instigar o pertencimento, a apropriação de tradições para serem registradas e ensinadas às novas gerações, Nada mais legitimo. Porem o respeito também é devido às novas culturas que foram desdobramentos de raízes históricas. e mesmo assim continuam gauchos, como por exemplo a contra cultura..
A identidade do gaúcho se fortalece a partir da miscigenação de povos. Assim justifica o conteúdo ofertado por Maria do Carmo Arana de Aguiar na pagina da disciplina Historia cultural no Rio Grande do Sul:
A identidade do gaúcho foi o resultado da mistura entre os imigrantes portugueses, espanhóis, alemães, italianos, africanos e os índios que já habitavam esta terra. Para disseminar seus costumes, foi necessária a criação de entidades que tivessem como finalidade demonstrar e cristalizar as tradições que foram efetivadas através dos Centros de Tradições Gaúchas – CTG, que são, no estado do Rio Grande do Sul, os transmissores de uma cultura repleta de riqueza.
Na sala de aula
Na sala de aula percebemos com maior intensidade a diversidade cultural. Mas o que é ter identidade cultural? Você se sente um ser inserido em alguma cultura? Qual? Ao realizar esses questionamentos aos alunos do oitavo ano, inúmeras respostas e as mais variadas foram narradas:
_ HIP HOP é cultura! Dizia um aluno. O outro argumentava que era o FUNK, uma menina disse que frequentava CTG. E assim vários alunos foram colocando suas preferencias. Então o professor perguntou:
_Alguém come churrasco? A maioria respondeu que sim. Multiculturais!
Partindo desse questionamento, percebemos que durante nossa vida assumimos muitos papeis sociais. em determinado momento somos criança e estamos vivendo as praticas culturais de ser criança, apos podemos chegar na adolescência e somos inseridos em um mundo repleto de informações, moda, gastronomia, musica, games, valores morais, entre outras, e essa mistura constituem a identidade cultural. Conforme BRANDÃO: "A evolução da cultura humana levou o homem a transmitir conhecimento, criando situações sociais de ensinar -aprender-ensinar."
Na sociedade do conhecimento, "ser culto" pode representar ser intelectual, porem construir identidade cultural, é ser inspirado por atitudes, comportamento, pertencimento, explorar sentimentos, receber contribuições do passado, legitimando as ações no presente.
REFERÊNCIAS
ABREU, Martha Ensino de Histtória: conceitos, tematicas e metodologias 2ed. Rio de Janeiro:Casa da palavra, 2009
ABUD, K. M.; SILVA, A. C. M.; ALVES, R. C. Anna Maria Pessoa de Carvalho (org) Ensino de História. São. Paulo: Cengage Learning, 2013, Coleção ideias em ação
AGUIAR, Maria do Carmo Arana de. Texto apresentado na disciplina Historia Cultural do Rio Grande do Sul. disponivel para alunos da EAD FURG em: http://www.uab.furg.br/course/view.php?id=740 acessado em 25.01.2014
BRANDÃO. Carlos R. O que é educação, 33ª Ed. Brasiliense, São Paulo. 1995
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: Teoria da História - os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora da UnB, 2001.
TORRES, Luiz Henrique. A colonização açoriana no Rio Grande do Sul (1752-1763). Biblos. Rio Grande, 2004. p.177-189. Disponível em: http://www.seer.furg.br/biblos/article/view/421/105. Acesso em: 26/01/2014
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Estrategias educacionais
Estrategias metodológicas Maria Cristina Pastore
sexta, 24 janeiro 2014, 23:03
Presenciamos momentos tensos em relação ao processo educar para a vida, ensinar para encontrar o espaço no mercado de trabalho e no meio de tudo isso ainda lidar com a violência, drogas e alienação. Nossos alunos estão apáticos no pensar e agir, dominados e direcionados pelo poder da mídia. Desta forma como chamar a atenção para assuntos do conteúdo escolar que para eles apresentam-se chatos e sem graça? No texto apresentado sobre a fotografia e a escola, os alunos conseguiram desenvolver um olhar critico sobre o assunto proposto devido aos mecanismos que foram utilizados. A fotografia, a musica, a dança, o video, e ate mesmo as saída de campo, proporcionam a sensação de liberdade, ao terem essa sensação os alunos se soltam das cadeiras e escalam as paredes que prendem a imaginação para exercerem a natureza humana: o movimento. Reflito sobre o movimento dos adolescentes e percebo que eles não conseguem ficar parados. A energia e os hormônios estão em ebulição.Nesse movimento acelerado a tradicional forma de ensinar algo para alguem precisa ser repensada, revisada e alterada. Queremos formar cidadão? Mas o que é ser cidadão? O jovem se sente pertencente ao mundo no qual ele exercerá sua cidadania? Objetivamos que nossos alunos sejam pensantes e críticos, para que possam revindicar direitos e realizarem seus deveres. OK! Porem que tipo de pratica estamos realizando em nossas aulas?Percebemos que para formar pensamento critico,nossas perguntas devem partir de um raciocínio fora do senso comum?
Que tipo de prova para rever os conhecimentos estamos aplicando? Queremos que o aluno pense autonomo, porem planejamos uma prova de marcar. Repensar a pratica do professor é refletir sobre o que e como ensinamos e como avaliamos esse apreender.
Os jovens esperam por um líder. Estamos em posição de liderança mas não estamos obtendo sucesso. Como professores devemos exercer o compromisso em construir o conhecimento com nossos alunos, mas qual a estrategia para atingir o interesse do aluno pelo conteúdo? Muitas ações educativas estão atingindo seus objetivos. O que essas atividades tem em consenso para garantir uma aula dinâmica e atraente?
Percebemos que aproximar o jovem da realidade, do cotidiano, parece ser o ponto em comum entre varias atividades educacionais que estão superando o desafio da inercia. A musica, a fotografia, o grafite, entre outras linguagem da arte tem criado algum tipo de comunicação entre o aluno, professor e cotidiano individual e coletivo qe tem desestabilizado a area de conforto. Observar esse processo comunicativo como educativo é uma introdução ao complexo mundo do ensinar/aprender.
Ensinar é possibilitar através das experiencias metodológicas, as condições necessárias ao aluno de realizar as operações mentais necessárias para identificar as relações entre o conteúdo e a realidade, obtendo assim um significado para a teoria. Desafios que podem assustar, mas com certeza são motivacionais.
Humanos ingenuos?
Olhamos para os problemas enfrentados pela humanidade durante todo o tempo em que se afirmava como egocêntrica, e a logica do pensamento nos conduz a uma aceitação de que o ser humano resolve esses problemas de uma forma neutra, isso é, o proprio movimento da evolução estará se encarregando de obter respostas e resolve-los
Não sejamos ingenuos. A unica forma de alteração e transformação é com a ação do homem, se envolvendo, interferindo e acreditando que a ação possa fazer a diferença no futuro. É no passado que podemos orientar nosso futuro. Cito as causas ambientais como exemplo. Muitas pessoas declaram que a natureza reage por si só. Mentira!!!Até tenta....porem,e nos casos da extinção de certos seres ?a ciencia ainda nao cria um ser novo igual ao que desapareceu. O homem precisa reagir e praticar ações de cuidado com a TERRA e desenvolver consciência social e histórica. Cris Pastore
Não sejamos ingenuos. A unica forma de alteração e transformação é com a ação do homem, se envolvendo, interferindo e acreditando que a ação possa fazer a diferença no futuro. É no passado que podemos orientar nosso futuro. Cito as causas ambientais como exemplo. Muitas pessoas declaram que a natureza reage por si só. Mentira!!!Até tenta....porem,e nos casos da extinção de certos seres ?a ciencia ainda nao cria um ser novo igual ao que desapareceu. O homem precisa reagir e praticar ações de cuidado com a TERRA e desenvolver consciência social e histórica. Cris Pastore
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
arte
hoje um colega me perguntou o que arte, etimologicamente, significava: deriva do latim ars, quer dizer capacidade de fazer alguma coisa...mas acredito que seja muito mais que isso, significa a propria vida. Das diversas formas como se apresenta consegue durante os tempos, construir a identidade do "ser humano" com a capacidade de autoconhecimento atraves da atividade pictorica, escultural, fotografica, literária, entre outras linguagens de expressão artistica desde o inicio da existencia da civilização, demonstrando que o fazer remete as mãos e mente.O conjunto do pensar e do realizar produzem a sensação do prazer, da repulsa ou o nada. Importante é a capacidade de provocar. Assim percebo arte;
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Sistema educacional
Reflexões sobre o sistema educacional
Conforme a Lei de nº 9.394 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996 (LDB 9.394/96), é a que estabelece a finalidade da educação no Brasil, como esta deve estar organizada, quais são os órgãos administrativos responsáveis, quais são os níveis e modalidades de ensino, entre outros aspectos em que se define e se regulariza o sistema de educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição. http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/a-organizacao-estrutura-dos-sistemas-ensino-no-brasil.htm
Conforme o art 21 e 22 da LDB (Lei das Diretrizes da Educação) nº9.394/96 declara que a educação básica : “ tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. (Art.22, LDB) Podemos perceber que o sistema encontra-se ineficiente na sua diretriz principal. O educando se constitui como cidadão?Como ele se percebe no mundo? Observamos uma alienação quase beirando a demencia, Será que Pierre Bourdieu teria razão quando comentou em seus escrito sobre oa educação ao escrever sobre os previlegio do dominio do capital economico de algumas pessoas no acesso ao conhecimento, herança cultural, e permite pensar a diferença entre o ensino privado e publico?
Nesse sentido, penso na estrutura e percebo que discutir sistema educacional é muito mais que um observar um organograma e compreende-lo É rever as condições que envolvem a historia das escolas, da educação, revisitar antigas civilizações e suas ideologias educacionais. Observar o desenvolvimento do intelecto de um ser humano através das pesquisas de cientistas, educadores, filósofos, sociólogos entre outros interessados em descobrir como se aprende e os processos cognitivos. É repensar as práticas profissionais e refletir sobre a ação que desenvolvemos e sua eficiência sobre o aluno.
A pintura renascentista de Rafael "A escola de Atenas" nos remete a um sistema educacional de elite, para poucos, hoje podemos perceber que está mais democratizada devido ao interesse de governos e instituições em promover ações educativas em varias areas.
Pensar a finalidade do sistema educacional não depende somente da estrutura organizacional, é também perceber o contexto social e cultural que empurra para a escola toda a responsabilidade com a educação. Portanto formação de um cidadão inicia muito cedo, permitindo a influencia da sociedade nos padrões sociais considerados aceitáveis e transmitidos de geração em geração. Parece natural que o processo de educar e aprender sejam realizados na infância, com a indicação do certo e errado, dos valores da sociedade e das regras de convivência que envolve o ser humano. Assim o sistema educacional deveria ter a familia incluida no processo. Porem observamos que o trinômio escola/família/sociedade, não se encontra em sintonia. A criança tem direito à educação em casa, os pais devem ter o compromisso de educar no mínimo a forma de como viver em sociedade. Muitas responsabilidades que eram da família estão imputadas nas tarefas da escola, sobrecarregando professores em atividades paralelas ao ensinar os conteúdos predefinidos pela escola, pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), e não tem como dar conta da difícil tarefa de também educar, o ideal seria que o professor ensina e a família educa, o que definitivamente não corresponde a realidade.
Os comportamentos da sociedade são reflexos da educação. A educação continua eletista e para poucos, nao no sentido do acesso as escolas, ate por ser obrigatorio, mas no sentido de adquirir consciencia de mundo, do homem se perceber capaz de pensar, compreender e realizar. Assim obtendo conhecimento para modificar ou nao a realidade em que vive, mas possuindo condições de escolher e então sendo responsavel por suas escolhas.
Abraços
A resposta
Quem sou eu?
sou as fotografias que revejo todos os dias?
sou as palavras que proferi ontem?
sou os sapatos que consumi durante a vida?
Quem sou eu?
sou as bocas que beijei?
os suores que exalei?
os pensamentos que escondi?
Quem sou eu?
o grito de raiva?
o gesto de amor?
a gargalhada solta?
Quem sou eu?
carne e pó?
Quem sou eu?
eu sou a resposta
do que procuro.
cris pastore
sou as fotografias que revejo todos os dias?
sou as palavras que proferi ontem?
sou os sapatos que consumi durante a vida?
Quem sou eu?
sou as bocas que beijei?
os suores que exalei?
os pensamentos que escondi?
Quem sou eu?
o grito de raiva?
o gesto de amor?
a gargalhada solta?
Quem sou eu?
carne e pó?
Quem sou eu?
eu sou a resposta
do que procuro.
cris pastore
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
sistema corrompido
Depender do sistema é depender de pessoas que fazem ou não seu trabalho.Quando fazem com responsabilidade e compromisso todos saem ganhando, as instituições, as pessoas, os sobreviventes, os que trabalham e os que fingem trabalhar. Porem quando necessitamos que os setores funcionem como engrenagem, com certeza algumas delas precisam de lubrificação, e por causa desse descompasso, sofremos as consequências. Nao recebemos o devido respeito muito menos consideração, e assim caminha a humanidade. São esses fatores que fazem com que a politica, a justiça e governo tenham cada vez mais corruptos, somente com a "ajuda" alguns procedimentos funcionam como deveriam funcionar. Lamentavel ainda ocorrer eventos que causam transtornos por não terem sido devidamente operacionados. A gestão do recursos humanos deveria perceber os perfis de cada candidato as vagas, talvez assim acontecimentos desnecessários seriam evitados. Mas em se tratando de funcionario publico, concursado, a situação se agrava. Não generalizando, sabemos que podemos contar com atendimentos eficientes e compromissados com a população, porem ainda observamos descasos, pedras de tropeço, paredes intransponíveis, muitas vezes damos voltas enormes para chegar em um determinado lugar em função de pessoas despreparadas, ou que não assumem seus compromissos com a função que exercem. Isso cansa e causa um efeito adesão, ou seja, não lutamos para mudar ou transformar esses eventos, mas nos adequamos a eles para não parecermos desajustados. Nos contemos para não chutar o pau da barraca. Admiro os rebeldes!!crispastore
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
domingo, 5 de janeiro de 2014
Hoteis em Rio Grande/ Cassino- RS
http://www.hoteisatlantico.com.br/site/riogrande/content/home/default.aspx
http://www.hoteisatlantico.com.br/site/cassino/content/home/default.aspx
http://www.nelsonpraiahotel.com/
https://plus.google.com/107744558226036024310/about?gl=BR&hl=pt-BR
hotel Cassino
Hotel Arpini
Foto google |
http://www.hoteisatlantico.com.br/site/cassino/content/home/default.aspx
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Fotos Maria Cristina Pastore |
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Fotos Maria Cristina Pastore |
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Fotos Maria Cristina Pastore |
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Foto Google |
hotel Cassino
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foto Google |
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