segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

15, 18 ou 20

15, 18 ou 20?

Hoje vi um assalto
eram apenas garotos
vivendo um filme sem roteiro
ou um como GTA 
sem sonhos e nem ideia
na gira roda da vida
olhando o relógio sem ponteiro

trocados para a ilusão
garantem a diversão
pois não é para pão

Reproduzem na realidade
a falsidade de 5 vidas
seguros da vida, não percebem a morte
assim na comunidade
crescem sem impunidade
15, 18 ou 20
quem serão? um super vilão?
um super bobão?
quem dirá então?


Cris Pastore
08.12.2014
17:25

Violência e capitalismo

Nossa cidade está com características de grande centro urbano em relação aos assaltos e violência, no entanto o atendimento da segurança domiciliar ou pessoal para a  população que pede socorro, desarmada e vulnerável, deixa a desejar...Tentamos ajudar aos que sofrem com os prejuízos causados pelos audaciosos meliantes, porem ao ligar para o 190, sempre o mesmo discurso: poucas viaturas, sem gasolina, efetivo, etc...etc...
Acredito em todas essas opções, e os ladrões também sabem, e assim a violência vai aumentando, pois a impunidade aumenta na mesma proporção. Lamento que nossa cidade tão linda, crescendo, se desenvolvendo, na qual os lideres políticos não apresentam medidas urgentes e compatíveis com o crescimento, as que se apresentam atualmente não atende as necessidades básicas da população: saúde e segurança. Vislumbro muitas preocupações para os moradores da "moderna" e "próspera" Rio Grande.
Cada vez que nos despedimos de filhos, maridos, mães, pais, enfim....  não sabemos se voltaremos a nos ver...não por razões normais da vida, mas por atos violentos que tiram do  meio familiar aqueles que amamos. Sabemos também que a violência sempre existiu desde que o mundo é mundo, mas tenho a impressão, ou talvez certeza...que atualmente o grau elevado de assaltos, assaltos com mortes, briga em transito, e outras inúmeras razões. Alem das complicadas punições, ja que o sistema prisional esta falido e não resolve mais nada. Se o homem tivesse medo da punição, os presídios nao estariam cheios.
Reflito em todo esse conjunto de informações complexas e desestruturantes ou estruturantes do sistema capitalista. A violência vende?...talvez mais um desdobramento do capitalismo...A quem interessa o caos?...sem saida!

sábado, 25 de outubro de 2014

O ensino de arte desvalorizado

Depois de um banho relaxante me recupero das decepções do dia, embora o dia tenha se apresentado muito alegre e divertido, as ações desnecessarias externas que aconteceram me surpreenderam e chocaram ao ponto de provocar um descontrole emocional.
A arte para alguns pode estar em um rabisco, em um desenho, para mim tudo que os meus alunos realizam nas aula de arte é uma obra prima, respeito e admiro cada trabalho. desta forma quando pessoas despreparadas e desconhecem arte, invadem a fronteira do respeito e simplesmente rasgam e jogam fora um trabalho do nosso aluno. Doeu na alma. Chorei e me descontrolei, talvez algumas pessoas possam dizer: Que exagero!!...só quem dá valor ao trabalho em artes e considera o ensino de arte uma disciplina em que o conhecimento sobre o mundo e sobre a vida pode representar na formação de um ser realizado. Estou aborrecida e muito triste. Porque as pessoas fazem isso? Jogar fora algo que nao lhe pertence? Fui revirar o lixo para procurar o trabalho da aluna. Nada....muito decepcionada com o ser humano. O sonho é meu, desejo que o ensino de arte seja valorizado.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Oficina de grafite

A atividade é voltada ao alunos do ensino médio para proporcionar conhecimento diversificado nas diversas tecnicas e expressões artisticas. O objetivo é oferecer a possibilidade de conhecer arte nas diversas linguagens não apenas na pratica mas com a teoria da evolução do grafite em uma perspectiva historica e cultural. A cultura de rua dentro da escola corrolabora para o aluno perceber as transformações urbanas que a arte pode contribuir. Além de demonstrar que o grafite é uma arte realizada por pessoas qualificadas assim desconstruindo a ideia de arte proibida. Estabelecendo  diferenças entre grafite e pichação, podemos perceber que ambas possuem suas especificações.
Reconhecer os artistas locais é um dos objetivos do projeto.Obrigada ao ENETRES e Lucas Stuczynski 















sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Para morrer basta estar vivo...

De valor a vida....reformule conceitos e reflita nas possibilidades.....viver é muito mais que consumir, muito mais que acordar e colocar sapatos...viver é contemplar,sentir perceber nos simples detalhes a felicidade.
Foto de Cris Pastore


Foto de Cris Pastore

Foto de Cris Pastore

segunda-feira, 28 de julho de 2014

processos tecnologicos de comunicação

Acredito que ao analisar nossa epoca, os historiadores provavelmente dirão que  a tecnologia usada para a comunicação é um divisor de agua. O mundo nunca mais será o mesmo depois da internet.  o inicio de mudanças radicais no social cultural e intelectual acontece bem no nosso momento histórico. Vivemos e experienciamos o processo tecnologico virtual. A arte a todo momento nos mostra essa dimensão da realidade.
A comunicação acontece em minutos independente da distancia, permitindo realizar pesquisa, visitar museus, andar por ruas de cidades que possivelmente nunca conheceremos...conhecemos projetos de artistas, assistimos videos, enfim, está na ponta dos dedos o acesso ao que procurarmos, seja o que for.
Pensamos em restrição? Acesso ao conhecimento para todos. Será? Muitos sites e conteudos são bloqueados em muitos paises. Podemos pensar em "certo controle" nessas situações, no entanto, a liberdade de expressão está com visibilidade. A arte, seja qual for ,onde for , podemos participar ,conhecer, podemos escolher entre gostar ou nao. A arte e  a ciencia fazendo história! Um lugar aberto para entrar e derrubar paradigmas.  E estamos bem no meio dessa explosão artistica e visual. Vamos aproveitar!! Na educação, no cotidiano, no pessoal, nao importa, usar e refletir sobre as inovações tecnologicas pode ser a forma de avaliar o quanto estamos envolvidos nas praticas e o que isso significa. Para o bem ou para o mal.
Cristina 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Professores

Ola todos os leitores
As reflexões sobre arte  demonstra que realmente acontece o envolvimento com os estudos. Compartilhar o conhecimento com seus alunos é perceber as dimensões que a aprendizagem permite. As transformações partem de  pequenas ações, promovendo  o interesse  teremos aulas dinamicas e  agradaveis. Exercendo nossa atividade  com responsabilidade e dedicação, buscando capacitação e superando os obstáculos, resistiremos aos percalços da profissão. O docente que domina diferentes metodologias, está bem preparado para mediar, organiza sua aula, reconhece a realidade do aluno, tem a possibilidade de desenvolver um otimo trabalho.
Deixo uma mensagem de Paulo Freire para refletirem:
Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. Paulo Freire
Abraços

sábado, 19 de julho de 2014

Raquelle Pastore Machado Silveira

Bom o que tenho pra dizer de hoje é que foi tudo maravilhoso!! Todo o dia desde de cedo foi muito mais do que eu esperava. .. quero agradecer a vida do meu maridão Ricardo Silveira Jr. que se dedicou constantemente hj para mim e sei que nao só hj vem desde sempre ao meu lado me incentivando e me proporcionando boas risadas e muito alegria ao se lado... te amo meu homem muito mesmo fico tão agradecida que nao tenho expressões para medir o tamanho da minha alegria!! A minha cunhadona Jaqueline Machado Silveira Cardoso que se superou e se dedicou e me
fez supresas maravilhosas tudo conforme o que gosto e meus gostos te amo muito e sei que esse nosso amor não é de hj é algo que foi construído de forma muito bonita te agradeço muuiito por estar comigo sempre não só no meu aniversário mas sim todos os outros 364 dias quero te falar que estou muito feliz muito mesmo!!! Tb agradeço de todo meu ♡ ao meu mozão Sha Silveira LS que participou de toda essa tramóia kk e me fez tão feliz ajudando a me ver contente se dedicando completamente a me agradar sei que estaremos sempre juntinhas e nos amaremos por toda eternidade!! Agradeço imensamente a vida dos meus filhos #sebastian #sarah pois eles que me insentivam todos os dias a seguir em frente e a entender o que é um amor fora do normal de todos amoo muitooo vcs!! E a minha mãe e ao meu pai figuras não menos importante ao meu pai Rudinei Machado pelos conselhos e chimarroes, muitas conversas e risadas e a minha mãe Cris Pastore pelo sacrifício comigo desde recen nascida o que ela passou enfrentando tudo com maior amor me sinto orgulhosa e sei que se estou aqui hj é pq primeiro meu Deus estava e esta presente em todos os momentos e tb por ela não ter desistido de mim te amo muito!! Fico muito contente pela presença de todos no meu dia e na janta obrigada a todos sei que cada um tem seus compromissos, seus descansos e seus afazeres mas cada um abriu mao de alguma coisa para estarem me homenageando e ajudando a tramar tudo para que nao viesse dar nada errado!! Amo vcs por completo... obrigada por cada dedicação e tenho coisas para falar de todos mas se eu falar de cada um vou ficar ate amanhã e escrevendo e até sabe quando vcs lendo kkk... mas tenhi certeza que tenho um lugar especial no coração de cada um e com toda certeza vcs tem no meu. ... OBRIGADA POR TUDO!! Foram ótimas nossas risadas!! E amanhã tem mais, continuação na kairós kkk ...
 — se sentindo hiper mega feliz com Kariane Barros e outras 20 pessoas. (23 fotos)

segunda-feira, 7 de julho de 2014

ORAÇÃO PELO PERDÃO

Nao te abatas, nao desanimes, muitas são as pessoas que querem te ver na lama por prazer, um sentimento que alimenta o mal que nela habita. Levanta tua cabeça, Jesus ja te perdoou dos teus erros, ninguem , ninguém , poderá te acusar se tens vida nova e andas reto , não pecando mais, em direção à salvação. Muitas são as provações, os descaminhos, o dedo acusador esta em tua direção, mas tens um Deus que tudo vê. No poder de Deus centra tua oração, e ora até pelo teu inimigo. As palavras mentirosas, o odio descabido, a frustração aparente são traços de uma vida sem Deus. Somente o temor à Deus poderá garantir uma vida plena de realizações e benção. Nao perca sua benção por causa do diabo que ronda furioso aqueles que buscam a Deus, seja persistente na mais dificil das ações: perdoe!!! Maria Cristina Pastore

https://docs.google.com/document/d/1LD0xrPCHzABADgR4mLvI6eViHweRv80vsEtPvrRsfzk/edit?usp=sharing

sábado, 5 de julho de 2014

OP ARTE    O que é 
Op-art é um movimento artístico que tem por objetivo dar movimento às pinturas, Victor Vasarely foi o pioneiro entre os artistas no aprimoramento dessa arte.
A op-art é produzida através da combinação de figuras geométricas especialmente em preto e branco, essas combinações dão ao espectador a impressão de que a imagem na tela está em movimento.
Quando o observador troca de posição, a peça em op-art dá a ele a impressão de que a obra sofre transformações. Essa arte encontra-se em constante transformação. Foi por volta da década de 60 que surgiram pesquisas relacionadas a essas sensações ópticas nas telas. A primeira exposição de op-art foi realizada em 1965 e recebeu o nome de The Responsive Eye. Os principais artistas da op-art são: Alexander Calder e Victor Vasarely.

Op-art, também conhecida como Arte Óptica, é um estilo artístico visual que utiliza ilusões óticas. Este movimento artístico teve inicio na década de 1930 com as obras do designer gráfico e artista húngaroVictor Vasarely.









Op-art ou "Arte Óptica" surgiu nos Estados Unidos e Europa nos meados dos anos sessenta
sendo conhecida mais como uma vertente de outros movimentos das artes visuais, do que como um próprio.
Os estudos da vida moderna sobre nosso emocional e a evolução da ciência nos estudos da física sobre a óptica são fatores geradores para a sua criação.
Através da visão, suas obras tentam nos levar a estranheza que causa reflexão para a vida moderna, elas brincam com nossas percepções fazendo com que as formas se movimentem desordenadamente.
Utiliza-se de objetos planos e formas geométricas, foi renegada por um tempo e retornou com o advento do computador, pois o seu planejamento tem tudo a ver com a "sociedade cibernética".
O que levou a essa cultura visual foram as angústias do homem com as alterações constantes dos seus ritmos de vida e a vida rápida das cidades com suas percepções de movimento


Fonte: Apostila síntese de aulas sobre artes visuais na pós modernidade
Danuza Rangel

Obras: Bridget Riley

terça-feira, 24 de junho de 2014

Mensagem aos alunos do Polo Sarandi

Ola Polo Sarandi Furg todos os membros. Foi um prazer conhecer a todos que aqui deixaram suas mensagens e opiniões. A partir de hoje o novo tutor vai administrar o facebook do polo Sarandi e o grupo da disciplina ARTE LINGUAGEM do curso de Pedagogia EAD FURG. A melhor forma de viver é conhecer gente, ser gente e permanecer gente, pois o mundo que habitamos cada vez mais retira do ser humano a capacidade de sentir, se emocionar e mostrar a qualidade de ser gente. Gente sou eu e você, somos unicos, sensíveis aos outro, te conhecer é conhecer a mim mesma......Desejo a TODOS os melhores e maiores sonhos, e que esses sonhos possam ser realizados. Só depende de você!! FOCO, DETERMINAÇÃO e estudo... sintam-se abraçados.....ate qualquer hora!!!Tchau...nunca adeus!!!A terra se movimenta e com ela a vida e com a vida: gente, eu e você...e um dia nos encontramos nessas voltas....\o/\o/\o/ cris pastore

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Arte contemporânea, o uso e abuso das imagens. Como usar em sala de aula?

Nessa pequena abordagem, procuro refletir sobre a arte contemporânea em sala de aula, e o que pode ser usado como suporte de ensino para alunos de todas as escalas educacionais. 
A maioria das pessoas ainda se sentem distanciadas da arte contemporânea, e por não compreende-la tendem a criticar o uso em sala de aula. O que muitas vezes, na realidade,  se torna inviável a exposição em sala de aula das imagens das obras dos artistas contemporâneos, devido a imaturidade dos alunos, e as obras terem forte apelação emocional. Percebe-se que ao apresentar a arte contemporânea, um certo  desconforto pode ser gerado. Porem , não seria essa a função da arte atualmente? Tirar o observador da área de conforto? 
O uso em sala de aula deve partir de alguns princípios. As escolhas dos artistas deve ser feita pelo gosto pessoal, admiração pelo trabalho do artista, entre outros critérios. Um deles pode ser valores morais que depende da formação de cada ser humano, suas crenças, suas vivencias, enfim, cada um pode escolher o que convém levar para a sala de aula. A leitura da obra muitas vezes podem auxiliar na relação de gênero em sala de aula, o reconhecimento das diferenças, evitar bullying, entre outras questões que podem e devem ser exploradas. Os artistas da arte contemporânea atribuem sentimentos, significados pessoais as obras, levantando questionamentos e provocando o observador. E muitas vezes o artista reflete sobre a própria produção. 
Pensar as questões levantadas por  Tadeu Chiarelli, no texto "Considerações  sobre a arte contemporânea e o papel das instituições" quando se refere ao distanciamento e o sentimento de amargor do publico que não compreende a arte contemporânea, é revisitar movimentos vanguardistas, quebra de paradigmas que fazem parte de uma época histórica.  A visão que persiste do grande publico, é a exposição  da arte presa a uma concepção de beleza classica,  agrada aos visitantes de galerias e compradores de arte. 
"Essa situação é lastimosa porque muito da produção recente possui conexões com questões atuais que afligem a todos, de uma forma ou de outra. Aqui, portanto, a pergunta: por que esse divórcio entre a produção atual e o grande público?"Tadeu Chiarelli
Desta forma compreendo as colocações  que fazem as pessoas  que pensam  que a arte nos dias atuais e se  mostra em alguns artistas, inadequada para a sala de aula e em parte concordo. Tenho também minhas "reservas". Ao escolher obras e artistas para a sala de aula seleciono pela idade, maturidade, no entanto procurar conhecer o universo das artes é pode ampliar possibilidades. A escolha é de cada um, mas ser mediador  do conhecimento indicando os recursos é responsabilidade de cada um que busca qualificação em seu trabalho.
Espero ter contribuído para refletir sobre a pratica do Arte educador,  com a experiencia que vivo diariamente na escola, e sabemos que não é fácil incluir o aluno, e a nós mesmos nesse contexto hipervisual, hiperinformático, e performático da arte contemporânea. Acredito que devemos tentar observar a arte contemporanea de forma à compreender o artista e seu processo criativo.
Abordar questões de gosto é provocar o olhar, a sensibilidade, e as novas posturas diante da arte. Como dizia Gombrich: "Tudo é uma questão de gosto". 
Maria Cristina

domingo, 8 de junho de 2014

Intrigante olhar

Intrigante olhar

Cenas do passado
Mesmo olhar e gesto
Não sei o que faço
Enigmático, captura
Apenas observo
Sou fiel testemunha
de um amor incerto

certa vez senti esse olhar
certa vez vivi esse gesto
estava em um lugar seguro
Onde vc está? Reinventei, revirei
Ainda estou aqui protegido

O mundo rodou e transladou
Transferiu o amor
Seus lugares modificaram
Corpos alteraram a paisagem
O conviver humano ficou cheio
de cheiro e cores
A memoria gravou
O que os olhares traduziram
Como tatuagem invisível
Marcou!

Em 08.06.2014
23:23

Cris Pastore

Educação e a sala de aula

Refletir sobre a qualidade na educação nos faz pensar as praticas do professor, porem como se apresentar diante de uma sala repleta de alunos que conhecem as  fragilidades do sistema educacional?  Trazes uma importante contribuição quando na tua percepção observas os objetivos de muitas escolas. E quais são os objetivos dos que investem tempo e esforços  em uma carreira de pedagogo ou  licenciatura? Pode ser que a qualidade na formação de professores faça a diferença no futuro, talvez um futuro nao muito longe, Pense nisso....nossas ações por menores que sejam podem fazer a diferença, buscar  qualificação, aperfeiçoamento, formação continuada são estrategias na tentativa de amenizar as  dificuldades. Os reflexoes dessas ações serão sentidas daqui a alguns anos. Espero poder sentir alguma melhora na educação.

domingo, 18 de maio de 2014

Escolhas

escolhas


somos constituídos de nossas escolhas
durante nossa caminhada nessa vida
acertando ou errando, opções, direções
permitimos pessoas, outras nos encontram
deixamos, partimos, voltamos
caminhamos em circulos
ou em grandes paisagens
que mudam, se transformam
percebemos, as vezes nao importa
outras vezes sentimos dor pela interferencia

ou pela indiferença
em um mundo doentio
em nossas vidas
mudanças que rasgam
como as unhas na pele
prazer e angustia
nossas escolhas
saberei???


18.05.2014
11:32h

domingo, 4 de maio de 2014

Medo?

medo?....são os medos que fazem recuar, nao


deixam os sonhos serem reais....vivemos o


medo diariamente....medo de perder, de nao


achar, medo de sentir medo, medo de amar,


medo de sofrer..NOSSAAAAA....o medo nao


deixa a gente se mexer, provoca um


movimento fechado...o medo é horrivel!!! Cris Pastore


terça-feira, 29 de abril de 2014

a mulher em 2014

A mulher durante décadas lutou por uma condição de igualdade com o homem, no entanto ao conseguir uma visibilidade e provar que é inteligente, capaz e que a opção de ficar em segundo plano nao existe, percebo uma desvalorização do corpo, uma exposição demasiada sem necessidade. Acredito que ao sentir-se livre, a mulher tende a perder a suavidade e a beleza do segredo, do escondido, mostrando o corpo como rebeldia, e mais uma vez sendo subjugada pelo masculino na exposição do corpo de forma vulgar , voltando ao essencial da escravidão. Imagem para consumo seja do sexo ou produtos ofertados para mercado (corpo:gente, pessoas)consumidas pelo brilho do dinheiro e da fama). Ao mostrar o corpo de forma banal, a mulher esta se enganando que é livre, esta sim, servindo aos propósitos do domínio machista, que mais uma vez encontra formas de explorar as formas femininas em defesa de um prazer agressivo/capitalista. Sou mulher e senti o preconceito muitas vezes ao buscar meu espaço, refletir sobre as mudanças comportamentais do nosso tempo, é pensar que estamos regredindo para a essência animal. primatas e pre históricos. Lamentável que em nossa sociedade os valores de decência e bom senso estejam fora de moda, e o capital seja a resposta para que todas as regras sejam quebradas. Quebre regras, mas nao se perca!.....sem preconceitos, mas pensando na realidade!

Erros dos Atalhos

Não perca o foco! desvios são estrategias do destino para vc perder a visão do seu objetivo! Ando por ruas ruins atalhos mas quero voltar para a rua principal. Lugar do perfeito entendimento do real, agora eu sei que perdi tempo, mas posso recuperar. Preciso perceber que nao posso permitir a invasão de minha sanidade por pedaços de um brilho falso. Recupero o meu lugar sem ter vergonha da minha identidade. Não ando por lugares sujos mas sei onde estão, ficaram a margem dos sentimentos. Vamos voltar....ainda há tempo! Apenas abra os olhos e veja a verdade da noite.....a verdade do dia!!!a verdade do espaço preenchido pela nudez....um prazer usado para disfarçar a realidade das intenções! crispastore 29.04.2014

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A cultura no Rio Grande do Sul

A cultura do Rio Grande do Sul

A evolução da cultura humana levou o homem a transmitir conhecimento, criando situações sociais de ensinar -aprender-ensinar. (BRANDÃO)
Conhecer é construir possibilidades, assim, conhecer nossa cultura, origens, desdobramentos temporais, adaptações e as condições em que ocorreram aculturamento, são possibilidades de refletir nosso comportamento. Somos seres que vivemos em sociedade, praticamos habitos e costumes, formamos grupos.
A diversidade de cultura em uma sociedade pode ser percebida nos grupos que a compõe, seja grupos etnicos, grupos indigenas, grupos afro, etc,. Formados pelo sentimento de pertencimento e identificação com alguma pratica comportamental, seja de vestimenta, atitudes, pensamento. etc, na qual influenciam e são influenciados, ou seja, ao mesmo tempo que estão inseridos, tambem produzem cultura.
São desdobramentos que sofrem as gerações, interferindo, negando ou afirmando , ninguem fica indiferente ao processo de aprender habitos e costumes, .e de pertencer a um grupo ou varios grupos. Hoje somos polivalentes, nossas origens culturais sofrem aculturamento. Pertencemos à varios grupos e essa experiencia de transitar entre diferentes grupos da sociedade, diferentes culturas, acrescenta habitos, conhecimentos, construção de valores, alteração de comportamento, de sentimento. Nesse sentido como manter fidelidade aos habitos, costumes que se alteram devido aos varios fatores externos e internos que sofre o individuo em sua coletividade? Se até o proprio conceito de cultura se modifica, se transforma, dependendo do enfoque que queria se pronunciar.
A cultura no Rio Grande do Sul foi fortemente influenciada por diversas etnias ( indigenas, europeus, afriacanos) que aqui se estabeleceram e constituiram familias. Nessa multiculturas, encontramos a formação de um povo diversificado. Essa mistura forma uma nova cultura criada a partir dos modelos ofertados. Sempre em transformação, com desdobramentos, partindo do pressuposto que ter cultura é sentir-se envolvido por determinadas condições que provocam comportamento e atitudes, portanto todos possuimos e produzimos cultura.
Os desdobramentos que os processos culturais sofreram e sofrem permitem que novas culturas sejam produzidas, assim somos seres multiculturais sempre em transformação.
As rupturas com tradições não significam negação, mas incorporação de novas formas de comportamento. Mas o respeito e a admiração pelo passado constitui importante conhecimento de identidade e não deve ser renegado. Alguns movimentos culturais buscam instigar o pertencimento, a apropriação de tradições para serem reproduzidas e mostradas as novas gerações, Nada mais legitimo. Porem o respeito também é devido as novas culturas que são desdobramentos de raizes históricas.

Por mais de um século, as culturas foram definidas basicamente como tecnologias de
discriminação e distinção, fábricas de diferenças e oposições. Mas o diálogo e a
negociação também são fenômenos culturais – e como tal ganham, em nossa era de
pluralidade, uma importância crescente, talvez decisiva. BAUMAN

dificuldades metodologicas


Refletindo sobre o papel do professor diante das tecnologias eletronicas, penso no uso em sala de aula. Como conduzir a utilização dessa tecnologia para efeitos didaticos e pedagogicos? Chego a conclusão que é preciso o professor "falar" teclando a linguagem do aluno, para haver uma aproximação do universo que rodeia o educando. Como o ensinar é um aprender diario, o profissional em educação deve buscar conhecer e se apropriar do fenomeno internet: facebook, blogs, entre tantos, em beneficios do desenvolvimento intelectual do aluno. Talvez o desafio seja como realizar essa tarefa. Professores com mais de 20, 30 anos de carreira, sempre enfrentaram novidades que colaboraram para a educação, porem a rapidez que acontecem as alterações nos programas de computador parece impossivel de acompanhar e se atualizar. Mas o professor se desdobra   e muitos reconhecem as dificuldades, tentam superar com cursos de formação continuada. A tarefa não é fácil, um desafio que provoca comportamentos nem sempre adequados. 

As ferramentas estão à disposição para uso. Precisamos acompanhar essa evolução e atualizar nosso saber. Identifico como uma metodologia o uso dessas ferramentas virtuais, servem  para  integrar o grupo através da fotografia digital em tempo real, permite realizar operações mentais e artística, associa a teoria com a pratica.

 Realizamos um trabalho de reconhecimento patrimonial e afetivo através do olhar fotográfico do adolescente na arte funerária, blog: http://turma8anoazul.wix.com/olhar-adolescente com o objetivo de reconhecer nessa linguagem artística ,( a escultura), uma dimensão  histórica, sociológica,  filosófica, antropológica que envolve esse conhecimento, afinal TODOS os alunos possuíam algum dispositivo que produzisse imagem. A dificuldade que encontrei foi o recolhimento do material, Todos os alunos realizaram as fotografias da arte funerária no cemitério, mas nem todos enviaram o material, portanto fiquei frustrada com o registro, embora o material fosse suficiente para alimentar o blog. Percebi que faltou algo na elaboração da avaliação, mas é uma questão para repensar.

Reflexões entre colegas da POS RS

Além do horizonte
por CELIA MARIA SANTOS DA COSTA - segunda, 13 janeiro 2014, 22:23
Bairro em que moro, existem quatro escolas, em cada uma uma realidade diferente, começando pelas construções, conservação da escola, até a maneira comportamental dos alunos e professores, projetos inacabados, uso de drogas, grades corredores, paredes escuras,professores desestimulados, cansdado, quando visitamos outra escola, a escola toda pintada com tons patéis crianças uniformizadas, vários trabalhos expostos nos corredores das escolas.Por que a diferença se ambas são públicas.
A transformação começa pela gestão e pela motivação dos professores, mmudanças de comportamento, tirar o aluno daquele quadro marginalizado e mostrar que existe saída, que ele tem potencial, Organizar projetos com ínicio meio e fim  eque eles vejam o resultado e que este resultado seja divulgado para os outros alunos aumentar a auto estima desse aluno, a música a fotografia são ótimos aliados para socialização e devem ser usados  de maneira mais frequante nas salas de aula. Modificação da realidade só e feita quando podemos comparar mostrar o que tem além do horizonte aí é só questão de escolha, não podemos esperar que um aluno que não tem noção de seu potencial sonhe com um mundo melhor ou com melhores condições de ensino.

Imagem de MARIA CRISTINA PASTORE
Re: Além do horizonte
por MARIA CRISTINA PASTORE - sexta, 24 janeiro 2014, 22:17
Ola Celia e demais colegas
Muitas vezes cruzamos os braços e esperamos atitudes do governo em relação as escolas. Mas podemos, como tu colocas no teu texto,  gerenciar as possibilidades e propocionar condições mais agradaveis de ensino. Seja em forma de projeto, parcerias, seja na sala de aula exercendo nosso compromisso com a educação. Somos caixas fechadas, precisamos abrir os laços que nos prendem para também vivermos a experiencia da teoria e pratica, refletindo nosso posicionamento, nossas atitudes como professores mas principalmetne como seres humanos. Eu acredito que tudo isso vale a pena. Principalmente quando sabemos que os nossos alunos estão reagindo ao senso comum. Ainda há esperança!
abraço

Estrategias metodologicas

Presenciamos momentos tensos em relação ao processo educar para a vida, ensinar para encontrar o espaço no mercado de trabalho e no meio de tudo isso ainda lidar com a violência, drogas e alienação. Nossos alunos estão apáticos no pensar e agir, dominados e direcionados pelo poder da mídia. Desta forma como  chamar a atenção para  assuntos do conteúdo escolar que para eles apresentam-se chatos e sem  graça? No texto apresentado sobre a fotografia e a escola, os alunos conseguiram desenvolver um olhar critico sobre o assunto proposto devido aos mecanismos que foram utilizados. A fotografia, a musica, a dança, o video, e ate mesmo as saída de campo, proporcionam a sensação de liberdade, ao terem essa sensação os alunos se soltam das cadeiras e escalam as paredes que prendem a imaginação para exercerem a natureza humana: o movimento. Reflito sobre o movimento dos adolescentes e percebo que eles não conseguem ficar parados. A energia e os hormônios estão em ebulição.Nesse movimento acelerado a tradicional forma de ensinar algo para alguem  precisa ser repensada, revisada e alterada. Queremos formar cidadão? Mas o que é ser cidadão? O jovem se sente pertencente ao mundo no qual ele exercerá sua cidadania? Objetivamos que nossos alunos sejam pensantes e críticos, para que possam revindicar direitos e realizarem seus deveres. OK! Porem que tipo de pratica estamos realizando em nossas aulas?Percebemos que para formar pensamento critico,nossas perguntas devem partir de um raciocínio fora do senso comum?
Que tipo de prova para rever os conhecimentos estamos aplicando? Queremos que o aluno pense autonomo, porem planejamos uma prova de marcar. Repensar a pratica do professor é refletir sobre o que e como ensinamos e como avaliamos esse apreender. 
Os jovens esperam por um líder. Estamos em posição de liderança mas não estamos obtendo sucesso. Como professores devemos exercer  o compromisso em construir o conhecimento com nossos alunos, mas qual a estrategia para atingir o interesse do aluno pelo conteúdo? Muitas ações educativas estão atingindo seus objetivos. O que essas atividades tem em consenso para garantir uma aula dinâmica e atraente?
Percebemos que aproximar o jovem da realidade, do cotidiano, parece ser o ponto em comum entre  varias atividades educacionais que estão superando o desafio da inercia. A musica, a fotografia, o grafite, entre outras linguagem da arte tem criado algum tipo de comunicação entre o aluno, professor e cotidiano individual e coletivo qe tem desestabilizado a area de conforto. Observar esse processo comunicativo como educativo é uma introdução ao complexo mundo do ensinar/aprender. 
Ensinar é possibilitar através das experiencias metodológicas, as condições necessarias ao aluno de realizar as operações mentais  necessárias para identificar as relações entre o conteúdo e a realidade, obtendo assim um significado para a teoria. Desafios que podem assustar, mas com certeza são motivacionais.

sábado, 1 de março de 2014

Indagações do abraço

Imagem criada por Leonardo Fonseca

Indagações do abraço

Pessoa I
Por que choras? Se tens a mim
Não sabes que no meu abraço
Te protejo
Não sentes o meu querer?
Porque queres te libertar?
Meu amor não te é suficiente?
Pessoa II
Quero viver em outros cantos
Quero saber do outro lado
Percorrer ruas, andar sem rumo
Tuas mãos me seguram
Sou prisioneira do amor?
Pessoa I
Ah! Passaro sem gaiola
O que podes querer da vida?
A vida é insegura
No meu abraço tens guarida
Deixe a porta fechada
Pessoa II
Ah! O amor é liberdade
O vento que vai e vem
A vida é efêmera, temerei?
Quero construir presença
Nas coisas do mundo existir

CrisPastore
01.03.2014
09:45

Cartas nao enviadas

Uma Feliz Natal para você, um ano repleto de alegrias, Que você possa encontrar nos braços da pessoa amada todo o afeto, amor e respeito que voce merece. Que voce possa envelhecer com sabedoria e valorizar as pessoas ao seu redor. Tua filha precisa de ti, teus netos precisam de ti. Fique mais próximos daqueles que te querem bem e tem amor sincero no coração. Saibas que ja te perdoei, Deus foi tão maravilhosos comigo que proporcionou uma vida diferente para que eu nao sucumbisse diante das dificuldades e principalmente sem amor. Pude ofertar para ti todo o meu amor, toda a energia que estava em mim, tivesses o meu melhor. Hoje, nada mais importa, nem as lembranças, eram falsas.... Bem..mas não era esse o assunto....te desejo de coração toda a felicidade do mundo, e que entendas que mesmo o mundo me mostrando que o que vivemos foi errado, por seres casado, etc, eu sei que foi diferente,unico e especial.Nao,... para mim nao foi so sexo,para mim foi e é amor....um amor eterno. Mas vivi esse amor sozinha, e disso nao tens culpa. Nao se pode dar o que nao se sente. Talvez na minha imaturidade eu tenha me perdido na forma de dizer isso, de revelar a verdade dentro de mim, e como proteção, muitas vezes mostrei quem eu não era.bj

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

ARTE FUNERÁRIA: relato de experiencia O CEMITERIO COMO ESPAÇO EDUCATIVO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE ICHI/UAB/SEAD POS-RS RIO GRANDE DO SUL: SOCIEDADE, POLITICA E CULTURA Metodologia do Ensino de Ciências Humanas Profa. Msc. Graciele Martini de Azevedo
PROPOSTA INTERDISCIPLINAR: O CEMITERIO COMO ESPAÇO EDUCATIVO DA ARTE E HISTORIA
Maria Cristina Pastore¹
crisrgs2000@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
Este relato tem por objetivo analisar a execução da ação pedagógica e seus resultados observados nas respostas dos alunos do 8º ano Azul² da Escola Estadual Nossa Senhora Medianeira na cidade do Rio Grande/RS aos questionamentos realizados em dois momentos distintos: antes da exposição dialogada e apos a saída de campo. A pesquisa tem por interesse observar a metodologia aplicada da saída de campo, com o intuito de perceber o nível de aprendizado e as relações que os alunos conseguem traçar durante a experiência. São tentativas de diagnosticar qual o nível de conhecimento prévio que o aluno possui relacionado ao tema estudado e como as informações que recebe durante as aulas influencia sua percepção de mundo. Qual a parcela de aprendizado desse conhecimento adquirido será útil para a vida? O que poderá ser apreendido em um espaço educativo invisível para a maioria das pessoas no contexto histórico, patrimonial e cultural? Nesse sentido Brandão nos convida a pensar em seu livro “O que é educação?”, que educação pode acontecer em qualquer lugar, espaços são ofertados de forma generosa, basta um olhar atento para perceber onde existe algo para ensinar e aprender. Estamos interligados pelo aprender e a todo o momento as conexões são realizadas. Trocas de conhecimento podem ser efetuadas em qualquer ambiente e o cemitério com seu patrimônio cultural, apresentando um museu a céu aberto, perpetua nossa identidade nas memorias sociais guardadas neste local inusitado e causador de estranhamento.
Apresento esse relato de experiência como tarefa exigida da disciplina de Metodologia do Ensino de Ciências Humanas- professora Msc. Graciele Martini de
Azevedo- POS-RS: Rio Grande do Sul: sociedade politica e cultura da Universidade Federal do Rio Grande/RS - FURG - na modalidade EAD. Nessa disciplina discutimos o papel da escola na atualidade, a formação de professores, a interdisciplinaridade e como as diversas linguagens da arte podem contribuir para operacionalizar a aula produzindo interesse e motivação. Nesse sentido a metodologia usada da saída de campo e analise de dados parece expor conceitos pertinentes as reflexões e revisões das praticas do professor. Porem as analises dos procedimentos e considerações sobre a aplicação da metodologia merecem maior investigação e interpretação, para tanto continuaremos com a pesquisa em outras escolas.
A proposta pode se constituir interdisciplinar integrando a Arte, Historia. Geografia e Português, como parceira nas atividades, o que deve ser conversado com a direção da escola e com os professores das disciplinas. Assim ampliando a zona do envolvimento temático, auxiliando ao aluno realizar as operações mentais necessárias para organizar o pensamento em relação ao que está aprendendo.
A interdisciplinaridade como um processo integrador responde aos anseios da preocupação dos profissionais em educação, de relacionar os conteúdos com a realidade do aluno, construindo visões panorâmicas e aglutinadoras do saber no sentido de envolver o educando. A interdisciplinaridade é cruzar saberes (PERRENOUD,2000)
PROPOSTA
Com objetivo de demonstrar a necessidade da aproximação do adolescente dos assuntos referentes ao morrer, da memoria social e cultural pertencente ao local da experiência e devido ao encantamento e a admiração surgidos na visita ao acervo escultórico, podemos problematizar por que o assunto morte e suas especificidades não são abordadas como conteúdo disciplinar.
A partir da preocupação em provocar mudanças de atitudes no adolescente a respeito da morte, considerando a abordagem no assunto no ambiente escolar, as reflexões sobre o reconhecimentos da morte e sua
influencia na maneira de viver em relação ao outro e respeito a vida, tendem serem mais explicitas e frequentes, ampliando o debate para o âmbito familiar. Tema afastado dos debates familiares e escolares, conforme o sociólogo alemão Norbert Elias esclarece em suas pesquisas; " A dificuldade está em como se fala as crianças sobre a morte, e não no que lhes é dito."( ELIAS,2001 p. 26).
Perceber as formas de dialogar sobre assuntos tabus em sala de aula é percorrer caminhos não trilhados, consequentemente, sem orientação das possibilidades que se abrem ao estudo. Os planos de aula foram articulados para que no quarto encontro ocorresse a saída de campo ao cemitério católico da cidade de Rio Grande/RS. As metodologias de expor o conteúdo foram apresentadas nos planos de aula 01, 02 e 03, e constaram de textos, cruzadinhas, jogos educativos, incentivo a memoria com objetos familiares antigos, entre outras formas de explanação.


Fig. 01 Alunos em visita ao cemitério (Foto realizada pela autora)
A arte cemiterial ou arte funerária acompanha o homem desde o inicio da civilização. A preocupação das civilizações primitivas com os rituais, com a decoração, a arquitetura, as praticas mortuárias, desde as cremações ou praticas menos convencionais, exercem a pretensão de despertar o interesse do aluno no
assunto. Doberstein, 2002 em suas considerações sobre o tema das esculturas funerárias nos apresenta o termo obra estatutárias, desta forma foi possível apresentar aos alunos o estudo do escultor/estatutário Matteo Tonietti em Rio Grande a partir das estatuas produzidas por esse artista italiano, presença marcante com suas obras na cidade.
Sob o viés da educação histórica BARCA, 2001, indica que o meio familiar, a comunidade local, a mídia, especialmente a tv, constituem fontes importantes para o conhecimento histórico dos jovens, que a escola não deve ignorar nem menosprezar, e o professor deve contribuir para modificar a compreensão do pensamento histórico no qual os princípios estão centrados na forma como alunos e professores pensam historia. A integração do tema articulando arte, geografia tentando direcionar para o processo da interdisciplinaridade e contribuindo ao se incluir no processo do passado interferindo no futuro e agindo no presente, contribui para instigar o pensamento histórico. Trabalhar esses princípios nos ambientes possíveis de ofertar conhecimento como o cemitério, museu a céu aberto, permite explorar conforme BARCA 2001 os significados do pensamento humano e da ação humana.





FIG. 02 Escultura no cemitério católico de Rio Grande/RS
Foto de aluna

As oportunidades de relacionar os espaços da ação humana, as dimensões temporais, passado presente e futuro com as atividades desenvolvidas em sala de aula, estão permeadas de experiência cotidiana. Conectar esses mundos, sala de aula, espaços urbanos carregados da presença histórica e cotidiana tem penetrado profundamente no pensamento dos educadores. Nesse sentido pesquisas centradas na teoria da consciência histórica no campo da didática, buscam metodologias para aproximar a aprendizagem histórica com o cotidiano, com a vida. Existe uma reflexão da didática da historia.
Buscamos ampliar o campo metodológico, tentando inovar, focando despertar e incentivar a observação, a prática e a contextualização. Entretanto existe a necessidade do profissional de possuir habilidade na transposição didática, adequar os conhecimentos universitários à realidade do aluno. (PASTORE,2013)
O desenvolvimento das habilidades do profissional durante o curso universitário corrobora para que o seu desempenho em sala de aula seja de compromisso com a educação de qualidade e tenha a conscientização de exercer a atividade docente de forma ética, adquirindo hábitos de pesquisa e buscando a qualificação para exercer a arte educação, promover aprendizado histórico e se perceber como sujeito operante do processo de ensinar/aprender. Estimulamos durante todo o percurso da experiência a reflexão sobre a relação do local da saída de campo, o cemitério, entrecruzando com problemática do falar em morte e seus arcanos como praticas sociais e históricas. Objetivamos com e através dessas atividades, a possibilidade dos adolescentes de se apropriarem desse conhecimento e da relação que a experiência pedagógica interdisciplinar pode auxiliar na formação do individuo critico perante a uma sociedade alheia às questões sobre morte. Criar probabilidades de exercer a liberdade e o agir de forma empírica em questões relacionadas com a vida e a morte, facilitando a abertura de dialogo nas demandas aqui analisadas e
afastadas do convívio comunicativo entre as famílias e também do cotidiano escolar, são questões a serem analisadas. A partir do local escolhido, a configuração territorial proporciona explorar as possibilidades. O desafio é criar possíveis metodologias que provocam reflexões e sejam diretamente ligadas ao processo formativo do aluno como cidadão consciente de seu papel na sociedade e no mundo. Completa as projeções desse trabalho ações que incentivam à pratica artística, o conhecimento histórico e estimulam o jovem a desenvolver imaginação relacionada ao tema, ao local, e se apropriar das descobertas para a vida.
As narrativas dos 20 alunos aos questionamentos apresentados foram sistematizadas entre o sim e não apenas para levantamento de dados. As questões deverão sofrer aprofundamento e embasamento teórico, além de incluir mais alunos de outra escola na pesquisa. Aqui estamos apresentando a analise no universo de 20 alunos.
Conhecem algum museu?
Respostas positivas 08
Respostas negativas 12

O que é escultura?
Respostas positivas 15 (sabiam)
Respostas negativas 05 ( declaram que nao sabiam )

Realizaram algum procedimento escultórico?
Respostas positivas 03
Respostas negativas 17

A família conversa sobre morte e o morrer?
Respostas positivas 08
Respostas negativas 12

Esteve alguma vez no cemitério?
Respostas positivas 13
Respostas negativas 07

Motivos do comparecimento ao cemitério
Sepultamento de parente 07
Visita 03
Não responderam 03

Observamos que em algum questionamento as respostas indicam um não conhecimento sobre o que foi perguntado. É preocupante na medida em que as idades e o ano em que se encontram, supostamente, deveriam ter vivenciado as experiências que proporcionariam um nível de conhecimento plausível. Nesse sentido o processo da interdisciplinaridade pode contribuir. Rever esses posicionamentos como professores é refletir sobre as praticas educacionais. O uso da saída de campo proporciona ao aluno a atmosfera favorável para demonstrar sua curiosidade, sente-se a vontade para perguntar, sente-se livre das paredes que representam um lugar fechado, com determinadas regras. Na saída de campo a alegria é contagiante, proporcionando um aprender naturalmente.
O roteiro sugerido é forma de interpretar as ansiedades dos alunos de saírem da sala de aula e buscarem alternativas de vivenciar situações com relação aos momentos da vida, ao cotidiano, do aprender a viver. Aprendemos como nascemos, aprendemos como somos concebidos, aprendemos como funciona nosso organismo, mas não nos ensinam a conhecer os processos de viver nem os rituais de morrer. Desde muito tempo o ser humano preocupa-se com os rituais da passagem da vida para a morte, mas os procedimentos para sepultar os mortos e assuntos sobre a morte, nunca estiveram tão afastados do cotidiano dos alunos. A partir da observação da escultura funerária foi possível aproximar o adolescente do conhecimento que rodeiam os mistérios da morte e do processo de morrer. O local da experiência, o cemitério, aqui apresentado como museu a céu aberto, abarcou a busca para compreender os sentidos das tradições de sepultamento, emergindo em um mundo invisível e problemático.
A visita ao cemitério provocou admiração, curiosidade e através das esculturas funerárias foi possível sentir a beleza e perceber a mensagem que deve ser considerada. Uma mensagem preenchida de aspectos simbólicos, a perpetuação do corpo e a lembrança do ente querido. Podemos pensar em desdobramentos para o tema sugerido.
REFERENCIAS
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