segunda-feira, 21 de outubro de 2013

encontro inusitado

foto: Maria Cristina Pastore
Cassino Rio Grande/RS
outubro de 2013

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

PARTENON: POLÍTICA E LITERATURA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
ICHI/UAB/SEAD
POS-RS RIO GRANDE DO SUL: SOCIEDADE, POLITICA E CULTURA
FORMAÇÃO LITERÁRIA SUL-RIO-GRANDENSE
PROFESSOR MAURO NICOLA PÓVOAS

PARTENON: POLÍTICA E LITERATURA

                                                                                                                    Maria Cristina Pastore¹

O intuito deste texto é analisar e ressaltar a importância da formação de um grupo intitulado SOCIEDADE PARTENON LITERÁRIO, em Porto Alegre, no ano de 1868, considerado um  marco da formação literária do Rio Grande do Sul. Assim como a representatividade desse periódico em período de transformações sociais e a contribuição para a literatura rio-grandense. Conforme POVOAS:
Mesmo no século XXI, livros a respeito do Partenon continuam vindo a lume, o que prova o contínuo interesse dos pesquisadores, ligados a universidades ou não, pelo assunto. Sendo assim, pode-se dizer que das revistas literárias do século XIX, a do Partenon Literário é a que está canonizada, representando todas as suas coetâneas. PÓVOAS

Inserida num processo histórico e social, a sociedade Partenon Literário se relaciona com a cultura e politica. Em um momento de alterações politicas e engajamento em movimentos abolicionista, a atuação de intelectuais revelou posturas abolicionistas. Devido a qualidade literária constitui importante manifestação cultural, considerado como marco inicial da literatura no Rio Grande do Sul, em função da coincidência de trabalhos de autores que estarem associados a essa agremiação.
Evidencia-se neste trabalho, movida pela curiosidade, a apreciação  do periódico “Parthenon Litterário” que se encontra na Biblioteca Municipal de Rio Grande, datado de abril de 1974, examinado em 17.10.2013. Folheando suas paginas e admirando seu conteúdo, observa-se em sua apresentação inicial, como sendo o terceiro ano de publicação da revista. Nas primeiras paginas consta o nome de Manoel Araujo Porto Alegre, com 68 anos de idade, sócio de inúmeras instituições, como por exemplo, o Instituto Histórico, Geográfico Brasileiro. O conteúdo consiste de notas de Francisco de Paula Amaral Sarmento Menna, de romance escrito por Apelles Porto Alegre com o titulo “Georgina”. Possui também uma carta endereçada ao periódico datada de 04.03.1874 escrita em Lisboa, com o seguinte trecho:

“A sua carta, e o “Parthenon Litterário”, derão-me um indisivel prazer. Vi nomes que conheci e amei, e li com especial prazer, lindíssimas producções de nova geração d’ahi que aspira o bello. Ha hoje verdadeiros talentos. Foi leitura que me remoçou.” Manuel de Araujo Porto Alegre, Autor de Brasilianas  
       
Continuando a leitura do documento literário do Rio Grande do Sul, consta a crônica sobre a abertura de Teatro São Pedro em Porto Alegre a ainda comenta que a associação “Parthenon Litterária” propõe a criação de Bibliotecas Municipais e quais suas intenções:
“ O “Parthenon Litterário” somente ambiciona a gloria comum, aquela que toca a todos , assim é justo que todo aquele que sente uma fibra estremecer pelo sublime amor da pátria, venha conosco partilhar esses lides” (A. Totta, Parthenon Litterario, 3º ano  1874)
O exemplar do Parthenon Litterário, que se encontra na Biblioteca Municipal de Rio Grande, possui as contribuições dos mais distintos intelectuais da época. Cito D. Luciana de Abreu, crônicas de J. Bernardino dos Santos. Parecer Histórico sobre a invasão Paraguaia de Apelles Porto Alegre, contos, poemas e  peça de teatro. Em uma das crônicas, o relato sobre as reuniões do Parthenon eram concorridas e do alto da tribuna, eloquentes discursos eram proferidos com teor patrióticos por Hilário Ribeiro, educador, autor de livros didáticos, poeta e fundador do Instituto Brasileiro.
Encontramos apontamentos históricos, topográficos e descritivos da cidade do Rio Grande, escrito por Carlos Eugenio Fontana, escritor pelotense, redator de um  jornal de Rio Grande,  autor de romance e jornalista.
Trecho copiado conforme escrita da época, da Poesia “ Parthenon Litterário”
                                                                            
Poesia “ Parthenon Litterário”
Ao Exm. Sr. Dr. Luiz da Silva Flores
de Damasceno Vieira

Não cança o lutador! Os anos passão.
E de pé na estacada do progresso
Alteia o Parthenon bandeira ingente
Sorrindo as multidões!
Sem ter apoio dos erários nobres,
Sem dar prestígios à soberba astulta
Sem ir nas praças mendigar alentos,
Sem curvar-se a mandões!

Neste texto os limites estão demarcados pela leitura do exemplar existente em Rio Grande, o qual considerar seu conteúdo e seus idealizadores ressalta a importância dessa agremiação para a história literária do Rio Grande do Sul, portanto contribuições riquíssimas para compreender o contexto social em que o estado vivia no século XIX. Fica evidente a capacidade intelectual de seus idealizadores e colaboradores em uma época que o acesso a educação incidia prestigio e  admiração.

REFERENCIAS

PÓVOAS, Mauro Nicola A trajetoriada sociedade Tartenon Literaria e da sua Revista Mensal.  Artigo

Periódico Parthenon Litterário, terceiro ano,  1874. Exemplar disponível na Biblioteca Rio-Grandense da Cidade do Rio Grande.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

direitos humanos

Eu quero o meu "direito humano" de nao ser assaltada, de conseguir que o salario chegue ate o final do mes, eu quero o meu "direito humano" de ser respeitada como mulher, mae, vó, e nao ser tratada com desprezo por classes mais favorecidas. Eu quero o meu "direito humano" de expressar a opinião seja em que assunto for e nao ser desmerecida por nao concordar com a maioria. Defendo o meu "direito humano" de SER em uma sociedade que preconiza o TER.....defendo o meu direito humano de andar de bicicleta de salto alto, e fazer desse meio de locomoção o meu trasporte...e daí???.......quais são os seus "direitos humanos" que estão obstruídos por uma sociedade que não oferece condições humanas de trabalho?o que devemos para uma sociedade que nao cumpri com as ações direcionadas ao ser humano?SOCIEDADE>deveria proteger, amparar os cidadãos de "bem".....mas quem é favorecido com a politica dos direitos humanos?Eu? quero o meu direito humano de participar da vida e ser feliz!!!!!

sábado, 12 de outubro de 2013

CONSTRUINDO A IGUALDADE E O RESPEITO NA SALA DE AULA RESPONSABILIDADE SOCIAL

RESUMO: A partir das apreciações de autores que versam sobre a educação e suas especificidades, FREIRE e AUAD buscaremos compreender o cenário da sala de aula na questão de gênero enquanto definição de papeis sociais no grupo. As relações que permeiam esse espaço efervescente de organismos conflitantes e socialmente desprovidos de atitudes maduras, necessitados de códigos de conduta, que muitas vezes, reproduzem estereótipos e atitudes que não são mais aceitáveis na vida contemporânea. Articular formas de convívio entre os alunos e exercer a igualdade das diferenças e a diversidade de gênero, tem sido um desafio diário para os professores e profissionais envolvidos com a educação. A responsabilidade de formar um adulto com valores familiares e respeito pelo outro tem se mostrado conflitante no momento em que se decide e esclarece que valores são esses empregados pela sociedade ocidental. O presente texto pretende contribuir com reflexões acerca da força da educação e a responsabilidade social do profissional em educação para amenizar as diferenças entre feminino e masculino nas relações sociais escolares, promovendo um discurso construtivo no reconhecimento da igualdade de direitos e na disseminação do conhecimento das paridades.
Palavras chaves: Diversidade, educação, gênero, sala de aula.

Introdução
A sala de aula é um laboratório no qual as experiências acontecem em uma comunicação síncrona. Nesse sentido percebemos as interações entre os alunos e compreendemos definidos os agentes sociais no processo de inibir ou incentivar as diferenças entre os atuantes menino e menina, embora não resoluto às praticas que são exercidas para promover ou reafirmar as desigualdades.
Sob a pressão dos tempos atuais e as mudanças hipersônicas que ocorrem nas relações sociais, a sociedade procura nos conceitos que regulam as relações, nas regras e valores, a intenção de normatizar os comportamentos. As questões de gênero estão desestabilizando preconceitos e reformulando pensamentos, justificando a liberdade de ser e pensar autônomo incentivado por uma educação libertadora. Porem nem todos os sujeitos estão dispostos a compreender e aceitar as diferenças e as mudanças que estão evidentes, pontuando todos os setores da vida em comunidade, inclusive os espaços educacionais. Papeis exclusivamente do gênero masculino como o provimento do lar cede espaço para o gênero feminino, assim as praticas sociais contemporâneas estão escrevendo a história das relações humanas. E escola como espaço formativo de cidadão possui importante papel dentro das expectativas da sociedade.

A partir de meados da década de 80, no Brasil, tornou-se crescente a necessidade de saber como a escola, em suas atividades habituais e rotineiras, está implicada nos processos de diferenciação e de desigualdade entre o feminino e o masculino.
Esse desejo de conhecer as relações de gênero na escola originou-se, em grande parte, nos movimentos sociais, nas universidades e nos grupos de pesquisa. AUAD, p.


Desconstruir para construir


Sabedores que a educação ocorre a todo o momento em vários espaços formais ou não formais (BRANDÃO) e o ser humano carrega uma carga genética social de informações por gerações, permite refletir que a alteração nos modos de pensar e agir diante de determinada situação não aconteçam de imediato. A gestão do conhecimento e o comportamento ético do educador auxiliam nas mudanças comportamentais dos agentes participantes. E essas mudanças serão perceptíveis dentro de cada individuo, principalmente quando estiver frente a uma situação na qual é necessário buscar em seu conhecimento o comportamento necessário para resolver qualquer tipo de  conflito que se apresenta no momento. Podemos afirmar que ao acorrer esse tipo de situação houve a apreensão do que foi ensinado, seja para o bem ou para o mal, violência ou paz, respeito ou intolerância.
Embora a educação formal organize meios de conduzir conflitos de gênero dentro da sala de aula, a configuração ainda apresenta-se visualmente no menino jogando bola e a menina conversando ou ouvindo musica, situações comuns em espaços escolares.
Conforme Guimaraes “Por entender que a observação é uma das características da atividade científica, sendo um importante método utilizado em pesquisa educacional.” Verificamos nas observações realizadas em sala de aula que quando existem “estranhos” se arriscando adentrar em universo “proibido”, são articulados adjetivos como “mulherzinha” para o menino que se afasta do grupo de meninos e que fica com as meninas, não está interessado no jogo de bola. Para as meninas usam nomes como “Joãozinho” para aquela jovem que tenta penetrar no “mundo masculino”. A partir dessas constatações estereotipadas, percebemos que ainda ocorre e está presente na sociedade, o fenômeno “menino: azul/menina: rosa”. Este evento não ocorre somente dentro da escola, parece ser um ato cultural. Aparece nas rotinas de casais que preparando os enxovais de bebes, conforme o sexo determina a cor do uso da roupa do primeiro dia.
Para compor esse olhar inicial sobre o preconceito e senso comum, as contribuições de Paulo Freire podem auxiliar no entendimento de como a educação está comprometida com as transformações, com mudanças nas praticas pedagógicas e com a preocupação em evidenciar o respeito com o outro.

Mas, infelizmente, o que se sente, dia a dia, com mais força aqui, menos ali, em qualquer dos mundos em que o mundo se divide, é o homem simples esmagado, diminuído e acomodado, convertido em espectador, dirigido pelo poder dos mitos que forças sociais poderosas criam para ele. Mitos que, voltando-se contra ele, o destroem e aniquilam. FREIRE,1967, p51


Apesar de todos os esforços para vencer as barreiras do preconceito, das desigualdades muitas vezes os educadores recebem rótulos de protetores,
principalmente por pais omissos que não cogitam as disposições dos filhos para cometerem violência e oprimirem os mais fracos. Afinal, para alguns a violência esta ligada ao comportamento de afirmação masculina. De acordo com AUAD, concebe a violência como aprendida nas relações de feminino e masculino.

A agressividade dos meninos, por exemplo, pode ser a aprendizagem da competição da vida adulta, mas também pode fazer com que meninos e meninas aprendam já na infância que há um conjunto de comportamentos interditos para eles e para elas, a partir das representações sobre a agressividade aceita para os homens e a aceita para as mulheres. AUAD


A equidade ainda não está presente em todo o profissional da educação, muitas vezes a imparcialidade não exercida compromete a avaliação do momento em que ocorre a necessidade de existir o bom senso para resolver questões difíceis em sala de aula. Não reconhecer os atos de inibição, ou opressão em função das diferenças e até mesmo a violência praticada para resolver os processos de desigualdades nos elementos reconhecidos de masculino e feminino, tem se mostrado desafios educacionais e portadores dos empecilhos da evolução no processo de anuência das diferenças.
A ÉTICA EDUCACIONAL

A educação apresenta-se ética na forma de equilibrar as desigualdades, o problema é quando a educação mediada continua inserida no contexto do preconceito, assim, portanto continua reproduzindo os mesmos equívocos. Os profissionais da educação muitas vezes afirmam as diferenças com um discurso que meninas possuem letra mais bonita que dos meninos, que meninas são mais comportadas que meninos, assim reproduzindo estereótipos.
Conforme Freire
A ética de que falo é a que se sabe traída e negada nos comportamentos grosseiramente imorais como na perversão hipócrita da pureza em puritanismo. A ética de que falo é a que se sabe afrontada na manifestação discriminatória de raça, de gênero, de classe. É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar. E a melhor maneira de por ela lutar é vivê-la em nossa prática, é testemunhá-la, vivaz, aos educandos em nossas relações com eles. FREIRE

A ação docente carece de equidade, compromisso e ética. Percebemos a importância dos vários agentes envolvidos para que ocorram as transformações esperadas e desejadas pelo binômio família/escola. Para tanto são necessárias reformulações em currículos, profissionais preparados e atualizados, compromisso e envolvimento dos educadores. Com todos esses elementos, o discurso ficará vazio, nada acontece se não houver ética nos procedimentos. Só poderemos exercer uma ética se realmente a vivermos em nosso dia a dia. Se a incorporamos em nossa personalidade. As praticas cotidianas somente poderão ser fundamentadas nas bases éticas comportamentais.
O jogo de empurrar as responsabilidades para outros no momento da dificuldade, estabelece um circulo vicioso na qual as questões de gênero são imputadas para outro segmento da sociedade, e muitas vezes as formas apontadas das causas estão relacionadas com atitudes e educação. Sendo assim, parece logico refletir que todos são responsáveis socialmente por questões que envolvam o equilíbrio da convivência humana. Mas é nos espaços da educação formal, a escola, mais especificamente na sala de aula, que aparecem evidências formalizadas em violência, preconceito, bullying. O respeito pelas diferenças raciais, gênero, classe social, enfim a diversidade dos agentes sociais que se apresentam no momento contemporâneo, necessita ser     pensado interdisciplinarmente, e de trabalho coletivo em favor da sensatez e bom senso, buscando a estabilização das relações humanas. Embora o processo seja lento, requer pesquisa cientifica e fundamentada em experiência, no sentido de auxiliar o docente a interagir com suas limitações e superara-las.
A educação exercida de forma democrática e liberada de preconceitos incrustados de geração em geração, em um processo de desconstrução para construir, não parece apresentar fácil execução, porem os educadores precisam preparar suas qualificações no desenho da contemporaneidade.

REFERÊNCIAS

AUAD, Daniela. Relações de Gênero nas práticas escolares: da escola mista ao ideal de coeducação. Tese (Doutorado em Educação, área de Sociologia da Educação), São Paulo, Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, 2004.

BRANDÃO. Carlos R. O que é educação, 33ª Ed. Brasiliense, São Paulo. 1995

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.

______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

______. Pedagogia da esperança um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro Paz e Terra, 1997.

______. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.



GUIMARAES, Leticia de Castro. Relação de gênero na escola: contribuições da pratica docente para a desmistificação de preconceitos em relação ao sexo. Pesquisa de conclusão de curso da Universidade Federal do Maranhão.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O amor quando é verdadeiro


O amor quando é verdadeiro...

o amor...quando é amor verdadeiro é para sempre....
acredito que mesmo hoje, nesses tempos de amor liquido
ainda pode , o amor,
sobreviver em algum coração
um amor para sempre......
o sentimento que invade, arde, aquece, inesquecivel.....
nao pode ser substituido por paixão, sexo, dinheiro....
ahh......o amor.....
quem o sente é privilegiado
quem nunca sentiu é um desesperado
procurando...procurando...
se enganando......
o amor proporciona milagres
quando é amor verdadeiro
podemos fazer o que quissemos
passear na lua
se queimar no sol
dormir nas galaxias
acordar no paraiso
ah! o amor.....
quando é verdadeiro........

CrisPastore
15:50
10.10.2013

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

inspiração

foto: Maria Cristina Pastore

Lindsay Lohan????

uma menina talentosa, uma mulher linda....o que a fama e o sucesso podem provocar no ser humano......lamentalvel.....A falta de Deus deixa um vazio que nada pode preencher....eu acredito na força de um ser superior que chamo de Deus que nos completa como seres humanos e controla toda as coisas ruins que estão dentro de todos nós.....assim com o amor de Deus podemos superar nossos pecados e tornarmo-nos seres mais amorosos e preocupados com o bem estar do outro. Falta amor na humanidade porque estamos vivendo uma individualidade imposta pelo capitalismo.Eu creio em uma vida plena com JESUS!!amém




Será que realmente é Lindsay Lohan????

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

familia


Familia

ser feliz
parece pouco
mas é muito dificil
uma busca
que
envolve 
emoção
amor
paciencia
Familia
pode ser 
de qualquer forma
modelo
variando de numero
genero
diversidade
familia
é projeto de Deus
abençoado
familia
existe 
exige
exibe
saudade
familia
é voce
sou eu
pode ser eu e vc

cris  Pastore  03.10.2013 21:23h







As considerações aqui apresentadas sobre o capitulo 04 “A produção social da mercadoria”, do livro “Infiéis transgressores” de Tiago Gil,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
ICHI/UAB/SEAD
POS-RS RIO GRANDE DO SUL: SOCIEDADE, POLITICA E CULTURA
PODER E POLITICA
PROFESSOR JUSSEMAR WEISS GONÇALVES


Infiéis Transgressores:
Os contrabandistas da fronteira
(1760-1810)
Tiago Luís Gil

Maria Cristina Pastore¹
crisrgs2000@yahoo.com.br


As considerações aqui apresentadas sobre o capitulo 04 “A produção social da mercadoria”, do livro “Infiéis transgressores” de Tiago Gil, tem como objetivo refletir sobre os elementos determinantes para a dominação e expansão da família Pinto Bandeira nas cercanias de São Pedro. Perceber nas relações familiares, a rede de conchavos, jogo de influencias que permitiram varias atividades licitas e ilícitas, tráfico de influencias, crimes praticados em nome de sua majestade da coroa portuguesa, são elementos pontais nessa impressão aqui registrada. Nesse sentido as ações de Rafael Pinto Bandeira como líder militar e patriarcal, extrapolaram o bom senso e noção de patriotismo, usando de violência para alcançar seus intentos e utilizando de seu prestígio militar para elaborar um esquema muito bem montado de manipulação. Embora admirado e condecorado com honras militares, suas atividades perniciosas e adulteradas, enriqueceram alguns e prejudicaram muitos.
A produção da riqueza pode ser identificada na atividade de comercio realizada na época pelos tropeiros, porem o contrabando e o jogo de influencias se apresenta como fator de enriquecimento do militar. Os negócios de Rafael Pinto Bandeira, de acordo com o autor Tiago Gil e documentos citados no texto, podem ser compreendidos como acobertados por interesses e socialmente aceitos por troca de favores. A necessidade de proteção das fronteiras permitia certas regalias do oficial, que exercia influencia e ampliava redes de amizades importantes para articular seu domínio na região. Essa proteção negociada fortalecia seu nome e suas ações na guerra, proporcionavam condecorações e prestígio, que soube muito bem usar em seu favor.
Rafael Pinto Bandeira envolvia membros da família, formando um grupo fortemente vinculado com os interesses econômicos e políticos comprometidos com a causa pessoal e enriquecimento censurável. Por 30 anos operou na legalidade contando com o apoio da coroa portuguesa. A mesma sentia-se representada na figura do comandante Rafael, admitindo suas regalias como troca de trabalho permitindo a ocupação e expansão do bando organizado pelo oficial.
Algumas tentativas de desarticular o bando fazendo oposição às atividades do grupo foram combatidas com violência e encaradas como inveja dos acusadores pela ascensão do militar, pelo império português. Deste modo conceitos como valores éticos e imparcialidade não eram considerados nesse evento de ocupação e domínio. Acobertado pelas autoridades permite pensar uma definição para essa atitude: um mal necessário.
Contradições sociais representadas por oprimidos e opressores garantiam condições de trabalho impostas e gerava uma rede de relações em favor do contrabando. Nesse sentido, Rafael soube traçar boas relações, seja por imposição ou por laços familiares, realizando casamentos de parentes com importantes membros da sociedade e ate mesmo o próprio, casando com filha de chefe de importante tribo como os minuanos, assim fechando círculos respeitáveis para realizar seus planos de domínio.
Inteligente e astuto, mantem relações com a Rainha, e traves de correspondência reivindica sua  ancestralidade, relembrando feitos militares de seu pai, Francisco Pinto Bandeira, demonstrando grande habilidade em manipular informações em benefício próprio. Rafael soube administrar sua herança patrimonial, gerenciar e manter uma rede de relações bem organizada.
As campanhas de guerra rendiam ao militar, alianças com lideres regionais, coerção e reciprocidade. Possibilitando ao coronel da Cavalaria Ligeira compor sua imagem na força e na associação com pessoas influentes em determinado local que lhe preocupava. Ganhava respeito e admiração, assim como impunha através do medo seus intentos. Conforme o autor GIL (p. 133) “Poder e força de coerção social que a família Pinto Bandeira possuía.” transmite o resultado em fazer parte dessa família, na qual a produção do medo e a imposição da violência eram importantes para manter os negócios.
Edificou seu patrimônio estruturado em suas façanhas na guerra, em sua autoridade militar e no temor publico, assim, com essa frente de “homem de bem” encobria seus negócios e desenvolvimento pessoal.
O texto permite pensar nas relações de reciprocidade, na qual Rafael Pinto Bandeira planejava minuciosamente cada ato e aliança, analisando os benefícios e construindo estratégias de ganhos para si e para seus homens.
O caráter empreendedor e articulador de Rafael constituiu a base forte da relação mercadoria/lucro, tanto nas atividades desonestas como as permitidas por lei. As acusações e investigações que  foram proferidas contra Rafael Pinto Bandeira, testemunhas e informantes ouvidos, não resultaram em nenhum contratempo para o então Brigadeiro. A mando da rainha os processos foram arquivados.
Diante de todos os fatos, o texto demonstra a rede de influencias que existiam na época e como dominavam através do comercio e da guerra, as classes pobres e desprovidas de recursos. Porém não exerciam a força e o poder apenas nessas esferas, seus artifícios e estratégias dominantes ampliavam para classes sociais dos poderosos, criando alianças (vínculos comerciais, políticos e afetivos) e se ocorria alguma oposição (sem expressão), era resolvida de forma violenta, produzindo o medo, evitavam assim, a proliferação de outras fontes de qualquer obstáculo aos seus propósitos.
Em um coletivo envolvido pela oportunidade de lucros e busca da sobrevivência, permite pensar na sociedade contemporânea, traçando relação nos conchavos políticos e comerciais que ainda são articulados, comparando, embora contextos diferentes, a rede de influencias que continuam a ser executados.