sábado, 9 de julho de 2011

Pensando sociedade

Pensando sociedade, pensamos educação e fatores que influenciam as comunicações entre os seres humanos. Como futuros arteeducadores a preocupação com a forma de transmitir, mediar ou integrar o conhecimento nas redes de pensamentos dos alunos é urgente.
Compreender a importância da sociologia para a educação é buscar subsídios de contribuir para um ensino com qualidade através de nossas atitudes em relação à sala de aula, nosso comportamento intelectual e social em relação às ansiedades e o meio em que esses alunos se encontram inseridos. Uma poderosa ferramenta para enfrentar um mundo competitivo e conquistar o nosso espaço dentro de uma sociedade desigual.
Ao percebermos a sociedade que fazemos parte, nos percebemos como pertencentes ao mundo. Os sociólogos que estudamos nos mostram que existem desigualdades sociais, que as ações humanas formam grupos, e esses grupos possuem regras.
Bauman é considerado um do lideres da chamada sociologia humanística. Inicialmente filiou-se ao marxismo, e fazia duras criticas ao governo polonês.




O mundo pode ser diferente e melhor do que é. Bauman

As reflexões sobre a condição do mundo da modernidade líquida abordam temas focalizados na vida cotidiana. Tudo é temporário, o consumo idealiza essa circunstância.
No Capitalismo Parasitário Bauman aborta o crescimento do consumo e suas conseqüências. O que é ser parasita? Na biologia o parasita e o organismo que sobrevive sugando a essência de outro ser. Somos números na estatística de alguma empresa, e incentivados a consumir cada vez mais. Estamos sendo sugados e alimentando um monstro imperceptível. Nesse contexto acredito que somente com a educação será possível amenizar esse quadro, embora saiba que a situação se encontra em níveis bem elevados de pressão, e tentar regredir não será tarefa fácil.
 "A finalidade da educação...é contestar o impacto das experiências do dia-a-dia, enfrentá-las e por fim desafiar as pressões que surgem do ambiente social.Mas será que a educação e os educadores estão à altura da tarefa? Serão eles capazes de resistir à pressão? Conseguirão evitar ser arregimentados pelas mesmas pressões que deveriam confrontar?"
                                                                                                   Zygmunt Bauman
 A efemeridade dos objetos, dos relacionamentos, as mudanças acontecem antes mesmo de solidificar, não há tempo para solidez esse perfil interessa ao sistema capitalista. Compreender essa sociedade contemporânea é um desafio, uma experiência impactante.



Para que sejam favorecidos os mais favorecidos e desfavorecidos os mais desfavorecidos, é necessário e suficiente que a escola ignore, no âmbito dos conteúdos do ensino que transmite, dos métodos e técnicas de transmissão e dos critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre as crianças das diferentes classes sociais. Bourdieu

 A sociologia de Pierre Bourdieu


Refletindo sobre Bourdieu, compreendi que muitos preconceitos que a pessoa menos favorecida sofre durante seu percurso da vida escolar podem ter relação com o que o sociólogo chama de bagagem socialmente herdada. Essa bagagem pode contribuir para o sucesso ou o fracasso escolar. Essa constatação de BOURDIEU causou um impacto em minhas reflexões, porque a responsabilidade dos pais então não seria apenas com o sustento alimentar ou a educação básica. Deveria ter a preocupação com uma educação social envolvendo o capital cultural. A escola procurando mudar, apliando o capital cultural,  no que Bourdieu não acredita, ele é pessimista, realista, porque a sociedade não pressupõe o novo.
Conforme Bourdieu o capital cultural é um conhecimento acumulado que detém as famílias, transmitido e imposto para seus descendentes. Estar de posse desse conhecimento é um dos fatores que colaboram para reproduzir as desigualdades sociais. Reflito sobre essa situação e não visualizo como solução parar esse processo das famílias tradicionais, mas todos terem acesso as informações desse conhecimento acumulado, criando um novo processo de repensar a educação.
Percebo que com a internet, o início de um processo de inclusão cultural está disponibilizado, embora não orientado, esse conhecimento poderá não passar de apenas informação. Com a mobilidade virtual a sensação de liberdade de adquirir o conhecimento que interessa pode ser bem administrado ou não. Em função disso que falo sobre a orientação de um professor, de um pensador, de pessoas formadoras de opiniões, sociólogos, enfim, sempre se farão necessárias para orientar a captação desses conhecimentos, para que possamos exercer os benefícios de nossas escolhas e de nosso conhecimento.
Repensar a sociedade contemporânea, e constatar que a produção  mudou, o pensamento mudou, mudou nossas decisões.
Assim discutir liberdade é questionável. Até que ponto somos livres? Relacionando com o livre arbítrio, a circunstancia do meio influencia nossas decisões. Então somos livres realmente? Ou somos manipulados a tomar certas decisões em função do sistema?
       Somos nós que escolhemos ou somo motivados a escolher?
     A idéia de liberdade ainda hoje sofre esse processo de condicionalidade.
     Pensar a sociedade contemporânea é pensar em movimento, dinâmica e os processos de socialização do individuo.
     Esse dinamismo, durante os tempos, foi determinante para o processo de mudanças na sociedade e nas artes.
      Conforme o texto de Vera Zolberg nos mostra como a sociologia busca explicar que na sociedade contemporânea a facilidade de coexistir com varias formas de arte, é parte do momento histórico que vivemos.
A sociedade muda e influencia as artes para mudar.

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