quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

reflexões sobre a exposição Horizonte expandido e seus expositores


Horizonte expandido vem contribuir para compreensão desse momento histórico da arte. Nessa exposição, reunindo um número de obras, o público conhece ou revê os trabalhos que marcaram uma época. Trata-se de um recorte no tempo e espaço, nos levando a refletir sobre a influência desses artistas até hoje nas artes.
ALLAN KAPROW (New Jersey, 1927 - California, 2006)       
Escolhi Allan Kaprov (EUA, 1927- 2006) por ele ter provocado uma revolução nas artes dentro de um campus universitário, onde tudo iniciou na década de 50, fazendo parte de um grupo de artistas e mais tarde influenciando a criação do FLUXUS (grupo de artistas utilizando da performance multimídias (subversivas e radicais). Fluxus uma atitude do fazer artístico diante do mundo.
As realizações Fluxus  justapõem não apenas objetos, mas também sons, movimentos e luzes num apelo simultâneo aos diversos sentidos: visão, olfato, audição, tato. Nelas, o espectador é convocado a participar dos espetáculos experimentais, em geral, descontínuos, sem foco definido, não-verbais e sem seqüência previamente estabelecida.
Forma de arte que combina elementos do teatro, das artes visuais e da música. Nesse sentido, a performance liga-se ao happening (os dois termos aparecem em diversas ocasiões como sinônimos), sendo que neste o espectador participa da cena proposta pelo artista, enquanto na performance, de modo geral, não há participação do público.
O termo happening é criado por Allan Kaprow para designar uma forma de arte que combina artes visuais, sem texto nem representação, provocando o publico a participar da obra.
Nesse período a arte conceitual passa a problematizar a idéia de arte e os poderes que envolvem o sistema de legitimidade de uma obra, quem ou o que pode dizer que um objeto é arte, uma obra é arte. Nesse momento histórico, a arte conceitual traz para o contexto artístico uma idéia, não operando mais com objetos, mas com a preocupação de fazer pensar, existir um conceito, uma idéia além da representatividade, muitas vezes, nem existindo no plano material.
Cristina Freire nos situa nesse contexto. Com suas considerações sobre arte conceitual, ela nos mostra que a arte conceitual possui contradições que abalaram o sistema das artes, usando de estratégias como idéias, meios e materiais com atitude crítica, assim possibilitando um repertório que identifica a arte conceitual como um divisor de águas.
Através de Henry Flynt  ( filosofo nascido em 1940) que em 1961 a expressão arte conceitual foi incorporada no vocabulário artístico defendendo que as idéias, os conceitos eram  mais importantes do que a finalização ou o produto final.
Maria Cristina Pastore
Embora a arte conceitual encontra-se relacionada a um período, seus questionamentos são atuais e ações praticadas pelos seus protagonistas chegam até hoje com um forte contexto atual, em função de que seus temas misturavam arte com a vida, permitindo um novo pensar, um novo olhar para as artes e nas artes.

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