domingo, 18 de outubro de 2009

mudanças na arte


Mudanças na arte e instituições envolvidas com arte: conflito de interesses.

O grande púbico não compreende ou não se sente à vontade ao olhar, observando a arte contemporânea.
Mudanças na arte e instituições que ignoram, fingem, que não tem importância essas mudanças, fazem que o público fique confuso.
Entre os conceitos básico de arte e como a arte está no momento e com tantas variantes, um sentimento de frieza, de frustração, causam um afastamento dos apreciadores de arte dos locais de exposição e os que estão dentro dos circuitos de arte lutam para que o povo participe. Ocasionando debates, palestras e outros recursos para orientar e tentar uma solução para os que se sentem confusos.
Os artistas buscam novas tendências saindo das bases (pintura, escultura e outras tradicionais), para ousar e se aventurar em novas opções artísticas, saindo das paredes consideradas esteticamente padronizadas.
Com essas transformações que a arte se permite, o publico não as compreende e por não entende-las se distancia daquele projeto como forma de arte. È mais fácil negar o que não se entende do que tentar compreende-lo.O que não é compreendido, não é aceito, isso é uma questão do inconsciente do ser humano.
A pessoa tem que exercer sua capacidade intelectual usando outros subsídios para entender o que uma obra de arte (que não é tradicional) está simbolizando ou simplesmente provocando uma reação, seja de repulsa, alerta ou admiração, que esse é o objetivo principal dessas obras. Um olhar mais atento, uma percepção mais aguçada, poderá trazer ao observador uma nova perspectiva de entendimento e compreensão do que o artista quer transmitir com determinado objeto representativo.
O observador começa uma nova aventura, o de deixar de ser passivo e tornar-se integrante , parte da obra, interagindo com ela. Mas quando a pessoa encontra , em uma exposição algo que ela não compreende , a primeira manifestação é falar que não gostou, essas obras causam polemicas, provocam reações, e são poucos os que estão preparados para se posicionarem diante delas.
Olhar e ver, sentir prazer na imagem, porque ao admirar ,ela proporciona conforto, satisfação, bem estar, tranqüilidade , porque conseguimos entender, por exemplo: uma paisagem pintada em uma tela.
As pessoas olham apenas com um olhar físico, usando o órgão da visão, ou seja olham mas não vêem com aquele olhar sensível, aberto, sem preconceitos. Dessa maneira poderia trazer um beneficio maior em relação ao que a obra transmite.E quando se trata de uma intervenção do próprio observador, quando ele faz parte da obra, ai já surgem problemas de compreensão e entendimento.
As instituições como galerias, museus e espaços abertos para arte contemporânea ou a arte em si , não estão preparados para manter esse diálogo com o publico, porque conforme o autor demonstra no texto “Considerações sobre arte contemporânea e instituições” por Tadeu Chiarelli, professor e doutor de Historia da arte no Brasil , curador e critico de arte, “existe uma distancia entre o publico que não as compreende e as instituições não estão atentas as novas proposições artísticas”, o que confunde o publico, porque está ansioso por definições mais claras, e as instituições responsáveis pelas exposições tem que se adequarem as mudanças e proporcionarem espaços definidos para as novas tendências, que nem tão novas assim, mas para o grande publico entende-las melhor sem estarem dividindo espaço e sendo tratadas como obras tradicionais, que não é o caso, por se tratarem de obras revolucionárias com provocações num contexto político e social, seja de denuncia, revolta ou qualquer outro sentimento que causou a produção da criação da obra.
Esperamos que as instituições identifique o seu publico e consiga uma resposta apropriada para cada exposição, colocando cada obra nas suas devidas dependências, sem comprometer seus significados e sem haver equívocos.

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