quarta-feira, 5 de junho de 2013

Memorial descritivo

Este memorial tem como objetivo especificar a trajetória acadêmica formativa estabelecendo relações com a vivência em sala de aula escolar e universitária. Demonstra sobre o aprendizado que o curso de artes visuais oferece durante esses quatro anos, permitindo explorar futuras possibilidades decorrentes dessa trajetória.
Buscando na memória subsídios para o exercício de escrever as lembranças passadas, demonstro nesse memorial, experiências, aquisições, momentos únicos, tristezas e angustias que fazem parte da constituição do ser humano e principalmente do profissional em formação, e nessas lembranças percebo a intensidade e rapidez como foram vividas.

“30 anos sem estudar, nessa ocasião com 47 anos, sentada naquela cadeira, junto com 65 alunos de todas as idades, eu era a pessoa mais velha daquela sala de aula. Isso assustava. Medo, insegurança, angustia e euforia, são alguns sentimentos nesse dia. As apresentações começaram, eu deveria falar para todos, pensei varias formas, quando chegou minha vez, quase que minha voz não é ouvida. Timidez me faz calar.
Termina a aula, quero mais!Como disse a professora Rita, somos privilegiados. Eu sou privilegiada, resgatar um sonho de 30 anos não é tarefa fácil.
Estava eufórica e a sensação é de que poderia voar. Flutuava. Não acreditava que havia chegado minha vez! “Eu estava na Universidade com 47 anos iniciava uma nova fase na minha vida.” 2009- Primeiro dia de aula.


Introdução

Refletindo sobre esse primeiro dia, percebo a importância de enfrentar os medos e a insegurança. Estava propondo uma forma de vida diferenciada, participaria de um universo completamente diferente do que ate o momento estava experimentando. Expectativa de ter um futuro era o que acreditava quando ingressei na Universidade Federal do Rio Grande continuo acreditando.
O primeiro ano foi de experimentação, observações, aguardando oportunidade de trabalho voluntário ou remunerado, conquistando espaço demarcando território. Na aula da professora Rita é comentado sobre os fundamentos sociais da arte e da educação, que seriam de despertar no individuo capacidade de formação de “ser” professor e formação de “ser” artista. Com esse discurso, eu estava no caminho certo, afinal, eu queria aprender a “ser” artista.
Ingressei em 2009 na Universidade Federal de Rio Grande, FURG no curso de Artes Visuais Licenciatura e Bacharelado. O primeiro ano as disciplinas são núcleos comum, ou seja, somente a partir do final do segundo ano, quarto semestre, o acadêmico decide definitivamente qual a carreira que deseja seguir, bacharelado ou licenciatura.
Com o decorrer do ano, leituras, exposições, foram transpassando, cruzando, com minhas prioridades e meus interesses. Notei que começava a surgir uma nova perspectiva: a arte educação. Demorei a entender esse termo, que para mim era novidade, conhecia como ser professora de artes ou educação artística, mas a universidade estava aberta e interessada em desvendar o conhecimento, eu estava interessada em adquiri-lo. Estava saído da caverna de Platão.
Ainda em 2009 o envolvimento com o projeto Brinquedoteca como bolsista voluntaria, e o BIPID bolsista remunerada no inicio de 2010, etapas  fundamentais para a decisão de tornar-me arte educadora. O momento de viver a licenciatura acontece por pura casualidade, porque até então, tinha a forte convicção que estaria na universidade para cursar o bacharelado em artes.
Vários desafios pessoais durante o inicio do curso foram superados, teria que escolher entre trabalhar ou estudar. O curso de período integral trouxe algumas preocupações.
Ao conhecer as alternativas de bolsas e os programas de incentivo que o governo e a universidade permitem ao acadêmico, projetos de extensão e pesquisa, conclui que poderia usufruir dessa condição para continuar estudando.


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